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Chineses de alta renda estão tão pessimistas com a economia quanto durante a pandemia de Covid-19
Publicado 22/07/2025 • 09:32 | Atualizado há 10 horas
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KEY POINTS
Bandeira da China
Unsplash
Uma pesquisa divulgada neste mês pela consultoria Oliver Wyman revelou que 22% dos chineses mais ricos estão pessimistas com a economia, número praticamente igual ao registrado durante o auge da pandemia, em outubro de 2022 (21%).
O levantamento, realizado entre os dias 16 e 27 de maio com famílias que ganham mais de 30 mil yuans por mês (cerca de US$ 4.180), mostra uma mudança preocupante no humor dos consumidores de alta renda, especialmente entre os jovens de 18 a 28 anos, que foram os mais negativos entre os quatro grupos etários analisados.
Segundo a consultoria, jovens adultos das grandes cidades mostraram a maior queda de confiança entre abril de 2024 e maio deste ano. Já pessoas entre 29 e 44 anos se mostraram mais otimistas, principalmente ao olhar para os próximos cinco anos.
“Para nós, isso representa uma mudança profunda de mentalidade”, disse Imke Wouters, sócia da Oliver Wyman, à CNBC. “Se você acha que sua situação financeira atual não é boa, seus padrões de consumo e poupança mudam completamente.”
Wouters também alertou que quanto mais tempo durar essa fase de incerteza, mais negativos os consumidores se tornam em relação ao futuro — e mais cautelosos no consumo.
Os dados da pesquisa coincidem com a queda nas vendas do varejo na China, a pressão deflacionária que força empresas a reduzirem preços para competir e a desvalorização dos imóveis, que ainda representam a maior parte da riqueza das famílias no país.
Apesar da renda disponível per capita nas cidades chinesas ter ficado em 54.188 yuans em 2024, o valor continua bem abaixo dos US$ 64.474 registrados nos Estados Unidos.
Além disso, o desemprego entre jovens de 16 a 24 anos continua elevado, em torno de dois dígitos, mesmo com a taxa geral de desemprego estabilizada perto de 5%.
Segundo Wouters, os consumidores mais otimistas estão entre 30 e 60 anos, especialmente por acumularem mais patrimônio, terem empregos estáveis e manterem a expectativa de que os “bons tempos” possam voltar — uma visão que, segundo ela, tende a vir com a idade.
O índice oficial de confiança do consumidor chinês continua abaixo da média histórica. Ele chegou ao menor nível (85 pontos) em novembro de 2022, quando as políticas de “Covid zero” ainda estavam em vigor. Em maio deste ano, o índice estava em 88, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas da China.
A percepção de falta de oportunidades iguais também tem pesado no sentimento da população. Em 2023, esse passou a ser o principal motivo apontado pelos entrevistados para explicar a pobreza, segundo pesquisa de longo prazo conduzida por universidades como Harvard e Stanford.
No geral, mais famílias relataram piora na situação econômica em 2023, em comparação com anos anteriores.
Apesar do pessimismo com a economia, muitos chineses de alta renda demonstram mais interesse em viajar para fora do país do que antes da pandemia.
“Em vez de gastar em produtos de luxo, eles preferem investir em algo que os faça se sentir bem agora”, disse Wouters. “Querem aproveitar o momento.”
A Oliver Wyman projeta que 37% dos chineses mais ricos devem viajar internacionalmente em 2025, superando o nível de 32% registrado em 2019. Até o momento, 27% já viajaram ao exterior este ano, e outros 10% devem viajar nos próximos meses.
No entanto, os destinos mudaram. Os consumidores chineses não estão priorizando mais os Estados Unidos como antes da pandemia. Em vez disso, preferem países mais próximos, como Malásia e Japão, que já retomaram os níveis de turismo vistos em 2019.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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