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Rússia estava confiante sobre encontro entre Trump e Putin. Agora, com as conversas suspensas, Moscou demonstra preocupação
Publicado 22/10/2025 • 08:44 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 22/10/2025 • 08:44 | Atualizado há 2 horas
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Mikhail METZEL/POOL/AFP
Presidente da Rússia, Vladmir Putin.
A Rússia se mobilizou nesta quarta-feira (22) para tentar salvar a possibilidade de um encontro presencial entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, após as conversas terem sido abruptamente suspensas.
Trump afirmou na terça-feira (21) que não queria “ter uma reunião desperdiçada” com Putin — encontro que estava previsto para ocorrer na Hungria nas próximas semanas —, depois que ficou claro que Moscou se opõe à ideia de um cessar-fogo imediato na guerra contra a Ucrânia.
“Não quero perder tempo. Então veremos o que acontece”, declarou Trump, após uma ligação na segunda-feira entre o secretário de Estado americano, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
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Depois da conversa, Lavrov disse a jornalistas em Moscou ter informado a Rubio que “a Rússia não mudou sua posição” desde a reunião entre Trump e Putin, realizada no Alasca, em agosto. Segundo o chanceler, Moscou deseja “uma paz duradoura e sustentável”, mas não está interessada em “um cessar-fogo imediato que não leve a nada”.
Diante dessas declarações e do aparente desinteresse de Trump em se reunir novamente com Putin, o Kremlin pareceu entrar em modo de contenção de danos. Nesta quarta-feira, autoridades russas insistiram que as datas para o encontro em Budapeste “ainda não haviam sido definidas”, mas afirmaram que os preparativos continuam.
“Isso ainda precisa ser feito. É necessária uma preparação cuidadosa antes disso. É preciso tempo para isso”, disse o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, a repórteres, segundo tradução da NBC News.
“Não há novidades ainda; está claro que tudo isso está cercado por muitos boatos e rumores. Na maioria das vezes, são completamente falsos. Ainda não há novidades”, acrescentou.
A suspensão das conversas com Moscou parece ser mais uma reviravolta do governo americano, que tem oscilado neste ano em sua posição sobre a Rússia, a guerra na Ucrânia, suas causas e uma possível resolução.
Na semana passada, o clima em Moscou e na mídia estatal russa era de satisfação e até ironia, quando a reunião presencial do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, com Trump — realizada na sexta-feira anterior — aparentemente não correu bem.
A sensação de superioridade russa aumentou após Moscou ter conseguido falar primeiro com o líder americano, em uma ligação “muito produtiva”, como Trump descreveu, realizada com Putin. Foi durante essa conversa que os dois líderes concordaram em se reunir pessoalmente em algumas semanas.
Depois disso, Trump e sua equipe pareceram vacilar no apoio à Ucrânia. Zelenskyy deixou a Casa Branca de mãos vazias, sem os mísseis Tomahawk de longo alcance que havia solicitado, e com receios de que Washington pudesse pressionar Kiev a ceder territórios ocupados no leste do país.
Esses temores cresceram quando Trump, no fim de semana, afirmou que a região de Donbas — parcialmente ocupada pela Rússia e epicentro dos combates há três anos e meio — deveria “ficar como está”.
“Está dividida agora. Acho que 78% do território já foi tomado pela Rússia”, disse Trump a bordo do Air Force One, no domingo. “Eles deveriam parar agora nas linhas de batalha. Voltem para casa, parem de matar pessoas e encerrem isso.”
Ucrânia e um grupo de aliados europeus reagiram à declaração de Trump, alertando em comunicado conjunto na terça-feira que a Rússia estava usando “táticas de procrastinação” para prolongar a guerra. Ainda assim, tomaram cuidado para elogiar os esforços de Trump em aproximar as partes.
“Estamos totalmente alinhados com a posição do presidente Trump de que os combates devem cessar imediatamente e que a atual linha de contato deve servir como ponto de partida para as negociações. Mantemos nosso compromisso com o princípio de que as fronteiras internacionais não devem ser alteradas pela força”, afirmaram os líderes europeus.
Agora, com a situação novamente invertida, o Kremlin parece apreensivo e tenta reforçar a imagem de que está comprometido em encerrar o conflito.
“Ninguém quer perder tempo. Nem o presidente Trump, nem o presidente Putin. São dois líderes acostumados a trabalhar de maneira eficaz e eficiente, mas a eficácia sempre exige preparação”, declarou Peskov nesta quarta-feira.
Integrantes do círculo próximo de Putin acusaram veículos de imprensa de divulgar “fake news” sobre o suposto cancelamento da cúpula na Hungria, com o objetivo de enfraquecer o encontro.
“A mídia está distorcendo comentários sobre o ‘futuro imediato’ para prejudicar a próxima cúpula. Os preparativos continuam”, escreveu Kirill Dmitriev, assessor de investimentos de Putin e CEO do Fundo Russo de Investimento Direto, na rede social X.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, também fez coro à narrativa, afirmando à rádio Sputnik que há um “circo informativo” em torno da reunião entre Trump e Putin.
“Todo esse circo informativo, que, aliás, ainda não acabou — continua acontecendo —, com vazamentos falsos, autocorreções, confirmações e negações, existe apenas para dar mais apoio midiático a Zelenskyy”, disse Zakharova, segundo tradução da NBC News.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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