O Secretário de Comércio, Howard Lutnick, afirmou que o governo dos EUA adquiriu uma participação de 10% na Intel, uma fabricante de chips em dificuldades que é a única empresa americana capaz de produzir chips avançados em solo nacional.
Num post na rede social X (antigo Twitter), Lutnick postou uma foto ao lado do CEO da Intel, Lip-Bu Tan, e escreveu: “Os Estados Unidos agora detêm 10% da Intel, uma das nossas maiores empresas de tecnologia americanas. Este acordo histórico fortalece a liderança dos EUA em semicondutores, o que fará nossa economia crescer e ajudará a garantir a vantagem tecnológica dos Estados Unidos.”
As ações da Intel subiram cerca de 6% durante o pregão de sexta-feira e permaneceram estáveis no pregão estendido.
Na sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump afirmou que o governo deveria ficar com cerca de 10% da empresa, que tem um valor de mercado de pouco mais de US$ 100 bilhões.
“Eles concordaram em fazer isso e acho que é um ótimo negócio para eles”, disse Trump a repórteres na Casa Branca.
A medida marca o exemplo mais recente de uma mudança clara na política industrial dos EUA, com o governo assumindo um papel ativo no setor corporativo americano.
No início desta semana, a Intel anunciou outro grande investidor, quando o SoftBank declarou que faria um aporte de US$ 2 bilhões na fabricante de chips, o equivalente a cerca de 2% da empresa.
Exclusividade na produção de chips
A Intel é a única empresa americana capaz de fabricar os chips mais avançados nos EUA, embora sua tecnologia seja vista como inferior à da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), que fabrica chips para empresas como Apple, Nvidia, Qualcomm, AMD e até mesmo para a própria Intel.
A Intel vem investindo bilhões de dólares para construir uma série de fábricas de chips em Ohio, uma área que a empresa anteriormente chamava de “Coração do Silício”, onde seria capaz de produzir os chips mais avançados, inclusive para IA.
Mas, em julho, Pat Gelsinger (CEO) disse em um memorando aos funcionários que “não haveria mais cheques em branco” e que estava desacelerando a construção de seu complexo fabril em Ohio, dependendo das condições de mercado. A fábrica da Intel em Ohio está programada para iniciar suas operações em 2030.
A Intel anunciou no último outono (no Hemisfério Norte) que havia finalizado uma doação de quase US$ 8 bilhões sob a Lei CHIPS e Ciência, para financiar seus planos de construção de fábricas. A Lei CHIPS foi aprovada em 2022, sob o governo Biden.
Esta notícia está em atualização.
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