Senador dos EUA visita Pequim e primeiro-ministro chinês pede ‘diálogo’
Publicado 23/03/2025 • 13:23 | Atualizado há 1 mês
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Publicado 23/03/2025 • 13:23 | Atualizado há 1 mês
O número dois da China pediu no domingo (23) por “diálogo” com Washington, durante uma reunião em Pequim com executivos importantes de empresas americanas e um aliado chave do congresso do presidente Donald Trump. As relações entre as duas maiores economias do mundo deterioraram nas últimas semanas, à medida que as tarifas gerais impostas por Trump ameaçam as perspectivas comerciais da China.
Os comentários do primeiro-ministro Li Qiang ocorreram durante um encontro com Steve Daines, um senador republicano de Montana e apoiador de Trump. A visita dele é vista como uma tentativa de aliviar as relações tensas, com o objetivo de preparar um encontro entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping.
“Nossos dois lados precisam escolher o diálogo em vez da confrontação, a cooperação ganha-ganha sobre a competição de soma zero”, disse Li a Daines. CEOs de grandes empresas, incluindo FedEx, Pfizer e Qualcomm, também estavam presentes. Li afirmou esperar que Washington possa “trabalhar junto com a China para promover o desenvolvimento estável, saudável e sustentável” das relações.
Mais cedo no domingo (23), Li disse no Fórum de Desenvolvimento da China que Pequim seguiria em frente com a globalização econômica, apesar da “fragmentação”, uma referência sutil à turbulência comercial provocada por Trump.
Os líderes chineses estão tentando conduzir uma economia instável para um caminho mais estável desde o fim da pandemia, especialmente ao incentivar o consumo. Eles buscam posicionar o país como defensor do sistema econômico multilateral, enquanto Trump trava guerras tarifárias com importantes parceiros comerciais dos EUA, incluindo China, Canadá e México.
“A China permanecerá firmemente do lado certo da história, o da equidade e justiça, e agirá de maneira correta em meio às águas turbulentas dos tempos”, disse Li no fórum anual, que contou com a presença de líderes empresariais como o CEO da Apple, Tim Cook. Pequim “seguirá a direção correta da globalização econômica, praticará o verdadeiro multilateralismo e se esforçará para ser uma força de estabilidade e certeza”, afirmou Li.
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Em uma aparente referência às novas guerras comerciais iniciadas por Trump, Li mencionou que “a fragmentação econômica global está se intensificando” e que “a instabilidade e a incerteza estão em ascensão”.
Também era esperado que as conversas abordassem o fluxo do perigoso narcótico fentanil e seus precursores químicos da China para os Estados Unidos. Trump afirma que suas novas tarifas sobre a China são devido à falha de Pequim em conter o envio desses químicos, que sustentam uma crise devastadora de drogas. Pequim insiste que já reprimiu a produção e o comércio ilícitos de drogas, descrevendo a questão como um problema para Washington resolver.
No sábado (22), Daines também se encontrou com o vice-primeiro-ministro He Lifeng, um conselheiro próximo do presidente Xi Jinping em assuntos econômicos. Durante seu encontro com Daines, He afirmou que a China “se opõe firmemente à politização, à instrumentalização e ao uso como arma de questões econômicas e comerciais”. O vice-primeiro-ministro acrescentou que a China estava disposta a “engajar-se em um diálogo franco” com os Estados Unidos, dizendo que tinham “muitos interesses comuns e amplo espaço para cooperação”.
As tarifas impostas por Trump equivalem a um aumento geral de 20% sobre os embarques chineses para os Estados Unidos. As exportações da China atingiram recordes no ano passado, mas observadores alertam que a turbulência no sistema comercial global pode em breve forçar Pequim a encontrar outras maneiras de impulsionar a atividade. Pequim afirma que está mirando um crescimento neste ano em torno de cinco por cento – o mesmo do ano passado – uma meta considerada ambiciosa por muitos economistas.
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