A Síria assinou neste domingo um acordo de US$ 800 milhões com a DP World, empresa com sede nos Emirados Árabes Unidos, para desenvolver o porto de Tartus, segundo reportou a mídia estatal, enquanto as novas autoridades do país seguem com os esforços de reconstrução no período pós-guerra.
Após a queda do antigo governante sírio Bashar al-Assad, em dezembro, as novas autoridades islâmicas têm buscado reconectar o país a empresas globais e impulsionar a reconstrução após 14 anos de guerra civil.
“Na presença do presidente Ahmed Al-Sharaa, foi assinado um acordo entre a Autoridade Geral para Portos Terrestres e Marítimos e a DP World, no valor de US$ 800 milhões, como um passo estratégico com o objetivo de fortalecer a infraestrutura portuária e os serviços logísticos na Síria”, informou a agência estatal SANA.
Após a assinatura do contrato, o CEO da DP World, Sultan Bin Sulayem, declarou que a economia síria possui “ativos significativos, incluindo o Porto de Tartus, que representa uma oportunidade para o transporte e exportação de muitas indústrias sírias”.
Em comunicado também divulgado pela mídia estatal, ele prometeu transformar Tartus em “um dos melhores portos do mundo”.
A DP World opera dezenas de portos e terminais marítimos e terrestres ao redor do mundo, especialmente na Ásia, África e Europa.
A guerra civil síria devastou a infraestrutura do país, e as novas autoridades esperam que o fim das sanções ocidentais atraia investimentos e alavanque os esforços de reconstrução.
Qutaiba Badawi, chefe da Autoridade Geral para Portos Terrestres e Marítimos, afirmou que as partes envolvidas “não estão apenas assinando um acordo técnico, mas lançando as bases para uma nova fase de trabalho terrestre e marítimo na Síria, reposicionando-nos no mapa econômico regional e internacional”.
Em maio, Damasco assinou um contrato de 30 anos com a gigante francesa de transporte marítimo CMA CGM para desenvolver e administrar o porto de Latakia.
Nesse mesmo mês, a Síria também assinou um acordo energético de US$ 7 bilhões com um consórcio de empresas do Catar, da Turquia e dos Estados Unidos, como parte dos esforços para recuperar o setor elétrico do país, que está em colapso.
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