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Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos: o que é e como funciona?

Publicado 12/05/2025 • 02:04 | Atualizado há 5 horas

Redação Times Brasil

sistema de reserva federal dos estados unidos

O Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos, conhecido como Federal Reserve ou simplesmente Fed, é o banco central americano. 

Criado em 1913, época em que existia um risco de falência de diversos bancos americanos, tem como missão garantir a estabilidade do sistema financeiro dos Estados Unidos e, por extensão, influenciar significativamente a economia global. 

Sua atuação inclui a regulação de bancos, a definição da política monetária e a emissão da moeda mais influente do mundo: o dólar.

Vamos conhecer sua estrutura, funções, objetivo e atuação?

Estrutura do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos

O Fed é composto por três principais instâncias: o Board of Governors (Conselho de Governadores), o Federal Open Market Committee (FOMC) e os 12 Federal Reserve Banks regionais.

  • Board of Governors: É o núcleo regulatório do sistema. Seus sete membros são indicados pelo presidente dos EUA e aprovados pelo Senado, com mandatos que variam de 4 a 14 anos. Eles têm a responsabilidade de supervisionar os bancos e formular regras para garantir a segurança do sistema bancário.
  • FOMC: O Comitê Federal de Mercado Aberto é o órgão responsável pelas decisões sobre a política monetária, em especial as taxas de juros. Reúne-se ao menos oito vezes por ano para discutir as condições econômicas e tomar decisões sobre o rumo da economia.
  • Federal Reserve Banks: Doze bancos regionais espalhados pelos Estados Unidos compõem a base operacional do sistema. Além de distribuir a moeda para os bancos comerciais, esses bancos coletam dados econômicos e publicam relatórios importantes que subsidiam as decisões do FOMC.

Funções e objetivos do Fed

O Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos atua de forma similar ao Banco Central do Brasil, mas com uma influência incomparável devido ao tamanho da economia americana. Suas principais atribuições incluem:

  • Emitir e distribuir o dólar americano;
  • Garantir a estabilidade do sistema financeiro;
  • Promover um sistema eficiente de pagamentos;
  • Regular bancos e outras instituições financeiras;
  • Estimular o consumo e o desenvolvimento econômico;
  • Controlar a quantidade de dinheiro em circulação e definir as taxas de juros;
  • Apoiar o governo na gestão da dívida pública por meio da compra e venda de títulos.

Políticas monetárias: como o Fed controla a economia

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O principal objetivo da política monetária do Fed é promover estabilidade de preços e pleno emprego. Para isso, ele utiliza instrumentos como a taxa de juros, a taxa de desconto e as operações de mercado aberto.

  • Taxa de juros: Ao aumentar os juros, o Fed torna o crédito mais caro, desacelerando a economia e reduzindo a inflação. Quando reduz os juros, estimula o consumo e o investimento, incentivando o crescimento econômico.
  • Operações de mercado aberto: Incluem a compra e venda de títulos do Tesouro. Ao comprar títulos, injeta liquidez no mercado; ao vender, retira dinheiro da economia. Isso permite ajustar o nível de atividade econômica.
  • Taxa de desconto: É a taxa cobrada pelo Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos aos bancos para empréstimos de curto prazo. Serve como referência para o custo do dinheiro no sistema financeiro.

Essas ferramentas são utilizadas de forma coordenada para evitar recessões profundas e controlar surtos inflacionários. 

Um exemplo recente foi a pandemia da Covid-19, quando o Fed reduziu drasticamente os juros para evitar uma crise econômica ainda maior.

O impacto global das decisões do Fed

Como os Estados Unidos são a maior economia do mundo e o dólar é a principal moeda de reserva global, qualquer movimento do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos reverbera em escala mundial.

Quando o Fed aumenta as taxas de juros:

  • Investidores estrangeiros tendem a repatriar recursos para os EUA, buscando maior retorno nos títulos americanos;
  • Isso causa desvalorização de moedas de países emergentes, como o real;
  • Os preços de commodities (cotadas em dólar) sobem em moeda local, elevando a inflação;
  • O Banco Central do Brasil pode ser forçado a subir a Selic para conter a inflação e evitar fuga de capitais.

Quando o Fed reduz os juros:

  • Países emergentes como o Brasil se tornam mais atraentes para investidores internacionais;
  • O real se valoriza frente ao dólar, ajudando a reduzir a inflação interna;
  • O custo do crédito diminui, estimulando o consumo e o crescimento.

A regulação dos bancos e a estabilidade financeira

O Fed também é responsável por supervisionar e regulamentar bancos e instituições financeiras com o objetivo de proteger os consumidores e garantir um sistema financeiro sólido.

Suas funções incluem:

  • Monitorar riscos sistêmicos;
  • Exigir requisitos de capital mínimo;
  • Avaliar a saúde financeira dos bancos;
  • Atuar em crises de liquidez oferecendo linhas emergenciais de crédito.

Essa atuação foi essencial em momentos como a crise de 2008, quando o Fed interveio para evitar a quebra do sistema financeiro com medidas extraordinárias, como a compra de ativos “podres” e a nacionalização temporária de grandes instituições financeiras.

Momentos históricos de atuação decisiva do Fed

Desde a sua criação, o Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos vem tendo uma atuação decisiva em momentos de crise, tais como:

  1. Grande Depressão (1929): O Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos foi criticado por sua inércia na crise, que levou ao colapso do sistema bancário. O episódio serviu de lição para a criação de políticas mais ativas em tempos de crise.
  2. Pós-Segunda Guerra Mundial: O Fed ajudou a controlar a inflação gerada pelo esforço de guerra e a manter os juros baixos para estimular a reconstrução econômica.
  3. Grande Inflação dos anos 1970: Sob a liderança de Paul Volcker, o Fed subiu agressivamente os juros para conter a inflação, o que gerou uma recessão temporária, mas restaurou a credibilidade da instituição.
  4. Crise financeira de 2008: O Fed reduziu os juros para quase zero e adotou o quantitative easing (compra de ativos) para estimular a economia. Sua atuação evitou uma nova Grande Depressão.
  5. Pandemia de Covid-19 (2020): Com uma ação rápida, o Fed cortou juros, ofereceu linhas de crédito e voltou a comprar títulos em larga escala, garantindo liquidez ao mercado e ajudando na recuperação econômica.

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