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Nobel de Economia defende respostas ‘criativas’ ao governo ‘disfuncional’ dos EUA

Publicado qui, 13 fev 2025 • 10:40 AM GMT-0300 | Atualizado há 3 horas

AFP

KEY POINTS

  • O economista e prêmio Nobel Joseph Stiglitz afirmou nesta quinta-feira (13), durante uma conferência global, que os países devem reagir às políticas do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por meio da imposição de tarifas e da tributação de multinacionais americanas.
  • Stiglitz discursou em um evento sobre reforma tributária corporativa realizado na Cidade do Vaticano, que contou com a participação do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.
  • Stiglitz criticou a decisão de Trump, anunciada nesta semana, de suspender a aplicação de uma lei anticorrupção de longa data nos EUA, classificando a medida como reflexo dos "fluxos ilícitos" de dinheiro entre fronteiras devido à corrupção.
O economista e prêmio Nobel Joseph Stiglitz fala sobre as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

O economista e prêmio Nobel Joseph Stiglitz fala sobre as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Wikipedia.

O economista e prêmio Nobel Joseph Stiglitz afirmou nesta quinta-feira (13), durante uma conferência global, que os países devem reagir às políticas do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por meio da imposição de tarifas e da tributação de multinacionais americanas.

Stiglitz discursou em um evento sobre reforma tributária corporativa realizado na Cidade do Vaticano, que contou com a participação do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.

“Precisamos pensar em formas criativas de responder ao que é um governo disfuncional nos Estados Unidos”, afirmou o economista, que há anos defende mudanças nas regras tributárias internacionais para garantir que as multinacionais paguem sua devida parcela de impostos.

Stiglitz criticou a decisão de Trump, anunciada nesta semana, de suspender a aplicação de uma lei anticorrupção de longa data nos EUA, classificando a medida como reflexo dos “fluxos ilícitos” de dinheiro entre fronteiras devido à corrupção.

“Agora temos o presidente dos Estados Unidos dizendo que suborno é aceitável. Ele disse: ‘Isso será ótimo para os negócios americanos'”, afirmou o economista.

Na segunda-feira, Trump ordenou ao Departamento de Justiça dos EUA que suspendesse a aplicação da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (Foreign Corrupt Practices Act), que proíbe empresas americanas de subornar autoridades estrangeiras para obter vantagens comerciais.

Diante desse cenário, Stiglitz sugeriu que a comunidade internacional amplie o uso de “tarifas compensatórias” — impostos aplicados por um país para neutralizar subsídios concedidos por outro. “Se você permite o suborno, isso é um subsídio às suas empresas”, argumentou.

O economista também defendeu que países que não adotam medidas contra as mudanças climáticas sejam penalizados com impostos adicionais.

“Se os Estados Unidos desmantelam o programa da USAID, causando enorme sofrimento ao redor do mundo sem qualquer aviso, isso é uma violação grave dos direitos humanos. O resto do mundo deveria dizer: ‘Vamos taxar suas multinacionais para arrecadar a receita necessária para manter a USAID'”, acrescentou.

Stiglitz é co-presidente da Comissão Independente para a Reforma da Tributação Internacional Corporativa (ICRICT), entidade que luta contra paraísos fiscais e organizou a conferência desta quinta-feira.

Em novembro, os líderes do G20, reunidos no Rio de Janeiro, concordaram em cooperar para garantir que os bilionários paguem mais impostos. No entanto, os esforços para reduzir brechas fiscais para multinacionais em nível global estão paralisados.

Trump retirou os Estados Unidos do acordo tributário global da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), assinado por cerca de 140 países e que estabelece uma taxação mínima de 15% sobre os lucros corporativos.

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