6 economistas ganhadores do Prêmio Nobel escrevem carta contra projeto de orçamento de Trump: ‘Temos sérias preocupações’
Publicado 03/06/2025 • 13:27 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 03/06/2025 • 13:27 | Atualizado há 2 dias
KEY POINTS
O presidente Donald Trump responde a perguntas de membros da mídia após a cerimônia de posse da procuradora interina dos EUA para o Distrito de Columbia, Jeanine Pirro, quarta-feira, 28 de maio de 2025, no Salão Oval.
Casa Branca / Joyce N. Boghosian / Flickr
O pacote de impostos e gastos de trilhões de dólares aprovado pelos republicanos da Câmara no mês passado está indo para o Senado, com a expectativa de que os legisladores consigam aprovar o projeto finalizado até o dia 4 de julho.
Se aprovado em sua forma atual, o projeto, apelidado de “One Big Beautiful Bill Act” (Um Grande e Belo Ato), tornaria permanentes os cortes de impostos de 2017 do presidente Donald Trump e adicionaria novos benefícios fiscais para trabalhadores que recebem gorjetas, horas extras e americanos mais velhos.
Os críticos do projeto esperam que ele sofra algumas mudanças na câmara alta do Congresso. Entre eles estão seis economistas ganhadores do Prêmio Nobel, que esta semana escreveram uma carta aberta publicada pelo Instituto de Política Econômica, um think tank apartidário.
“Como economistas que dedicaram suas carreiras a pesquisar como as economias podem crescer e como os benefícios desse crescimento podem ser traduzidos em prosperidade e segurança amplamente compartilhadas, temos sérias preocupações sobre o projeto de reconciliação orçamentária aprovado pela Câmara dos Representantes dos EUA em 22 de maio de 2025”, diz a carta.
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A principal questão dos economistas: cortes no Medicaid (programa de saúde federal e estadual para americanos de baixa renda e deficientes) e no Programa de Assistência Nutricional Suplementar (anteriormente conhecido como vale-refeição), que eles consideram essenciais para as famílias americanas.
A versão da Câmara do projeto cortaria o financiamento do Medicaid em US$ 700 bilhões (cerca de R$ 3,5 trilhões) e reduziria o SNAP em US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,5 trilhões) — o maior corte na história de ambos os programas.
“Esses cortes drásticos na rede de segurança social estão sendo realizados para cobrir o custo exorbitante dos cortes de impostos incluídos no projeto da Câmara, incluindo o custo oculto de preservar o grande corte no imposto de renda corporativo aprovado na lei tributária de 2017”, diz a carta. “Mas mesmo esses cortes acentuados nos gastos cobrirão muito menos da metade dos cortes de impostos (sem sequer incluir o custo de manter os cortes do imposto de renda corporativo da lei de 2017).”
Esses e outros críticos do projeto citam pesquisas que estimam que a lei aumentará o déficit nacional — na ordem de cerca de US$ 3 trilhões a US$ 5 trilhões (cerca de R$ 15 trilhões a R$ 25 trilhões) na próxima década, segundo o Comitê para um Orçamento Federal Responsável — enquanto falha em elevar a condição dos americanos de baixa renda.
“Dado quanto este projeto adiciona à dívida dos EUA, é chocante que ainda imponha perdas absolutas aos 40% inferiores das famílias americanas”, diz a carta.
Resta saber se os cortes nos gastos permanecerão no projeto como estão.
“No geral, o projeto do [Senado] não será muito diferente,” afirmou Howard Gleckman, pesquisador sênior do Urban-Brookings Tax Policy Center, recentemente à CNBC, mas acrescentou que espera “muito debate” sobre a provisão do Medicaid em particular.
Um conjunto de disposições — tornar permanentes as taxas e faixas de impostos da Lei de Cortes de Impostos e Empregos de 2017 — manteria o status quo para os contribuintes. Os cortes de impostos dessa lei, que estavam previstos para expirar no final do ano, incluíam um grande aumento na dedução padrão, que “simplificou muito o código tributário para milhões de contribuintes”, afirmam analistas da Tax Foundation.
Os defensores do projeto afirmam que esses e outros cortes de impostos irão estimular o crescimento econômico dos EUA e elogiam a administração por cumprir várias promessas de campanha.
Quando se trata de cortar gastos em programas sociais, Trump vê as reduções como um exercício de eficiência governamental. “Não queremos nenhum desperdício, fraude ou abuso”, disse ele em uma entrevista recente à Newsmax. “Fora isso, estamos deixando como está.”
Os economistas ganhadores do Nobel não veem dessa forma.
“O projeto da Câmara não aborda de maneira útil nenhum dos principais desafios econômicos da nação e exacerba muitos deles”, escrevem. “O Senado deveria se recusar a aprovar este projeto e começar do zero no orçamento.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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