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“A China tem uma resiliência maior para resistir”, afirma professor da FGV
Publicado 09/04/2025 • 22:23 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 09/04/2025 • 22:23 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China continua se intensificando, com a recente decisão do presidente Donald Trump de aumentar as tarifas sobre os produtos chineses. O aumento, que chegou a 125%, é mais um movimento no contexto de uma disputa comercial que afeta não apenas as duas maiores economias do mundo, mas também outros países e o comércio global de maneira geral.
Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Evandro Carvalho, professor de Direito Internacional na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e na Universidade Federal Fluminense (UFF), analisou os desdobramentos dessa guerra comercial. Para ele, as ações do presidente Trump podem ser vistas como uma tentativa de proteger os interesses econômicos dos Estados Unidos, mas também refletem uma abordagem que não está alinhada com as práticas diplomáticas tradicionais. Ele afirmou que, embora a guerra comercial seja uma estratégia de negociação, as tarifas elevadas, especialmente as impostas à China, são incomuns em um contexto diplomático e podem ser prejudiciais a longo prazo.
Carvalho destacou que as tarifas não afetam apenas as relações com a China, mas também têm repercussões para os aliados históricos dos Estados Unidos, como os países da União Europeia. A ação de Trump foi descrita como uma tentativa de redefinir a posição dos Estados Unidos no comércio internacional, com o objetivo de limitar a ascensão da China como a maior potência econômica do mundo. Segundo o especialista, os Estados Unidos estão em um processo de “declínio” e a China tem se preparado para resistir a essa pressão, fortalecendo seu mercado interno e estimulando o consumo.
Além disso, Carvalho abordou os impactos econômicos dessas tarifas para os Estados Unidos. Ele afirmou que, embora os Estados Unidos possam observar um aumento no PIB no curto prazo, a distribuição desse crescimento será desigual, o que pode gerar insatisfação entre a população, especialmente entre a classe média baixa. O professor também alertou que os efeitos dessa política podem afetar gravemente os negócios, especialmente os pequenos comerciantes, e que a estratégia de Trump pode não ser sustentável a longo prazo.
Ele também mencionou a política da “dupla circulação” adotada pela China, que visa fortalecer o mercado interno, reduzir a dependência das exportações e aumentar o consumo. Para Carvalho, a China está mais preparada para enfrentar essa guerra comercial, já que sua economia está mais distribuída entre a população e tem um grande potencial de consumo interno, o que lhe confere maior resiliência. Em contraste, os Estados Unidos, apesar de seu PIB per capita mais alto, enfrentam uma população com maior desigualdade econômica, o que pode limitar sua capacidade de recuperação.
Por fim, Carvalho concluiu que, embora as ações de Trump possam gerar benefícios econômicos temporários para os Estados Unidos, a instabilidade criada por sua política externa pode ter efeitos negativos a longo prazo, não apenas para os Estados Unidos, mas também para o cenário global.
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