Ações divergem, dólar recua antes dos resultados das gigantes de tecnologia e da decisão do Fed

Os mercados acionários divergiram na quarta-feira e o dólar recuou dos recentes patamares elevados, enquanto investidores aguardavam os resultados das gigantes de tecnologia dos EUA e a última decisão sobre a taxa de juros do Federal Reserve.

Observadores do mercado também acompanharam os desdobramentos entre China e EUA, após os dois países concordarem em novas negociações para estender a trégua nas tarifas comerciais.

“Não se espera que o Fed altere as taxas, mas o mercado analisará os comentários que acompanham a decisão para captar sinais do que pode acontecer a seguir”, afirmou Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell.

Após a atualização de quarta-feira, “o banco central certamente observará os dados de emprego dos EUA na sexta-feira com muita atenção, e esse resultado influenciará suas decisões futuras de política monetária”, acrescentou Mould.

“Enquanto isso, quatro das gigantes tecnológicas americanas conhecidas como Magnificent Seven divulgarão resultados nos próximos dois dias. Elas têm poder para movimentar os mercados e qualquer sinal de fraqueza pode abalar o sentimento dos investidores.”, afirmou Russ Mould.

Após os principais mercados asiáticos encerrarem mistos, Londres recuou levemente por volta do meio-dia.

Já Paris e Frankfurt subiram, após dados oficiais mostrarem que a economia da zona do euro cresceu inesperadamente no segundo trimestre, resultado que precedeu o acordo de tarifas entre EUA e UE firmado no fim de semana, o que também reforçou o otimismo.

Após acordo com o Japão na semana passada, o foco está nas negociações entre Washington e Pequim para estender um pacto que reduz tarifas exorbitantes que ameaçam as maiores economias do mundo.

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A reunião de dois dias em Estocolmo terminou sem resolução, mas com a equipe dos EUA demonstrando otimismo sobre o possível anúncio de uma segunda trégua de 90 dias. A impressão geral é que a moratória será estendida, mas há certa apreensão, já que muitos países ainda precisam fechar acordos antes do prazo de 1º de agosto definido por Trump.

Entre os países que ainda não fecharam acordo estão o Brasil, que enfrenta tarifas de 50%, além da Índia e da Coreia do Sul.

Trump disse na terça-feira que Nova Déli pode enfrentar tarifas entre 20% e 25%, acrescentando: “A Índia tem sido uma boa amiga, mas aplicou basicamente mais tarifas do que quase qualquer outro país. Isso não pode ser feito.”

Resultados importantes de gigantes da tecnologia, Meta e Microsoft, saem na quarta-feira (30), com Amazon e Apple divulgando na quinta (31). Além dos resultados, o foco estará nas previsões das empresas diante das tarifas de Trump e dos investimentos bilionários em inteligência artificial.

Em Londres, as ações do banco britânico HSBC e da fabricante de equipamentos militares BAE Systems caíram cerca de 2,5% após resultados mistos divulgados na quarta-feira (30).

Os preços do petróleo caíram, após terem subido na terça-feira, quando Trump reiterou seu alerta sobre novas sanções à Rússia, potência energética, caso não haja acordo de trégua com a Ucrânia.

Principais índices por volta das 11h GMT

• Londres – FTSE 100: QUEDA de 0,3%, a 9.112,42 pontos
• Paris – CAC 40: ALTA de 0,5%, a 7.896,33
• Frankfurt – DAX: ALTA de 0,2%, a 24.261,10
• Tóquio – Nikkei 225: QUEDA de 0,1%, a 40.654,70 (fechamento)
• Hong Kong – Hang Seng Index: QUEDA de 1,4%, a 25.176,93 (fechamento)
• Xangai – Composite: ALTA de 0,2%, a 3.615,72 (fechamento)
• Nova York – Dow: QUEDA de 0,5%, a 44.632,99 (fechamento)
• Euro/dólar: QUEDA para US$ 1,1540 ante US$ 1,1554 na terça
• Euro/libra: QUEDA para 86,37 pence ante 86,47 pence
• West Texas Intermediate: QUEDA de 1,0%, a US$ 68,52 o barril
• Brent North Sea Crude: QUEDA de 1,0%, a US$ 71,80 o barril

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Cido Coelho

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