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Análise: lobby das big techs contra regulação no Brasil expõe jogo de interesses em Washington
Publicado 21/08/2025 • 15:15 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 21/08/2025 • 15:15 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
O lobby das big techs contra mudanças regulatórias no Brasil foi tema de debate no programa Fast Money, da Times Brasil – Licenciada Exclusiva CNBC. Na conversa conduzida por Natália Toledo, os jornalistas Renan de Souza, correspondente em Abu Dhabi, e Felipe Machado, no estúdio em São Paulo, esmiuçaram o documento enviado ao governo Donald Trump pelo Conselho da Indústria da Tecnologia da Informação.
O texto, assinado por empresas como Amazon, Google, Apple, Microsoft, Meta, Visa e Mastercard, questiona alterações no Marco Civil da Internet, regulações da Anatel e propostas de taxação. Para as companhias, as medidas aumentam a incerteza legal e podem abrir caminho para censura.
Renan de Souza destacou que não há surpresa nas críticas. “Esse é um processo público, onde empresas e associações defendem seus interesses. Washington funciona assim: o lobby é transparente e faz parte do jogo”, afirmou.
Segundo ele, o Departamento do Representante de Comércio dos EUA recebeu 258 manifestações até 18 de agosto. “O Conselho Nacional dos Produtores de Algodão, por exemplo, acusou o Brasil de vantagens fiscais que prejudicam a concorrência. Cada grupo aproveitou a audiência para registrar sua posição”, explicou.
O jornalista observou ainda que não foram apenas as big techs a se manifestar. Associações agrícolas, empresas de café e até entidades brasileiras, como os cortumeiros, também apresentaram documentos. “É um espaço aberto. Não há surpresa: todos defendem seu lado”, resumiu.
A investigação terá nova etapa em 3 de setembro, com uma audiência pública em Washington. Quarenta e cinco representantes de setores diversos já se inscreveram, incluindo a Embraer e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Cada um terá cinco minutos para apresentar argumentos.
“Essa audiência é uma vitrine. Mostra como o lobby se organiza e como diferentes setores pressionam o governo americano em disputas comerciais e regulatórias”, avaliou Renan de Souza.
Do estúdio, Felipe Machado reforçou que o lobby é prática consolidada nos Estados Unidos. “Essas empresas não querem pagar mais impostos nem ter controle maior sobre suas operações. É natural que usem esse momento de tensão comercial para pressionar com toda a força”, afirmou.
Ele destacou que o lobby combina força econômica e política. “Grupos empresariais financiam campanhas de congressistas, governadores e até presidenciais. É nesse momento que cobram contrapartidas. É como tubarão que sente cheiro de sangue na água: aproveitam a oportunidade para atacar”, disse.
Na avaliação dos jornalistas, o episódio ilustra o funcionamento do sistema americano: transparente, mas profundamente marcado por interesses econômicos e políticos.
“O Brasil também participa. Empresas nacionais e associações apresentaram suas cartas, algumas defendendo a boa relação com os EUA. Quem quiser competir nesse ambiente precisa jogar com as mesmas armas: presença organizada em Washington”, concluiu Renan de Souza.
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