Após flertar com R$ 6,10 pela manhã, dólar recua e fecha a R$ 5,84 com trégua de Trump
Publicado 09/04/2025 • 18:20 | Atualizado há 1 uma semana
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Publicado 09/04/2025 • 18:20 | Atualizado há 1 uma semana
KEY POINTS
Foto: CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
A queda de braço entre Estados Unidos e China em relação às tarifas de importação dominou os negócios no mercado cambial nesta quarta-feira (9). O dólar à vista oscilou mais de 25 centavos de real entre a máxima (R$ 6,0967) e a mínima (R$ 5,8298), acompanhando o comportamento do dólar frente às moedas de países emergentes.
No fim do pregão, o dólar à vista era negociado a R$ 5,8473, em queda de 2,52%. A moeda interrompeu uma sequência de três dias seguidos de alta, em que acumulou valorização de 6,57%. Apesar da queda nesta quarta-feira, o dólar ainda apresenta ganhos de 2,49% em abril.
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Pela manhã, a moeda quase chegou a R$ 6,10, impulsionada pela decisão da China de aumentar tarifas de importação sobre produtos norte-americanos de 34% para 84%, como retaliação à decisão de terça de Donald Trump de aplicar tarifas totais de 104% aos chineses.
O acirramento da guerra comercial aumentou os temores de recessão nos Estados Unidos e no mundo, empurrando os preços das commodities para baixo, com o barril de petróleo operando abaixo de US$ 60 (R$ 306,00). Também pesava contra as moedas latino-americanas a perspectiva de enfraquecimento do yuan, estratégia usada pela China para atenuar o impacto do tarifaço de Trump.
“As moedas emergentes, especialmente as da América Latina, refletem muito a dinâmica das commodities, que estavam em queda livre pela manhã”, afirma o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi. “É importante destacar que os investidores veem o Brasil como um substituto para ativos da China. No dia em que a China sofre e o yuan se deprecia, o real também cai.”
A maré virou após as 14 horas, quando Trump fez um movimento para evitar uma frente conjunta contra o tarifaço e isolar a China. Em uma postagem em rede social, o presidente americano aumentou as tarifas aos chineses para 125%, mas limitou as tarifas para países que não retaliaram os EUA a 10% por 90 dias. Para o Brasil, que já estava na faixa mínima de 10%, nada muda.
Na gangorra global do mercado de moedas, a mensagem de Trump fez o dólar ganhar terreno em relação a pares como o euro e o iene japonês, mas perder força em comparação com as moedas emergentes e de países exportadores de commodities, com destaque para o real, os pesos mexicano e colombiano, além do rand sul-africano.
As bolsas em Nova York dispararam, com o índice Nasdaq exibindo ganhos superiores a dois dígitos. Os preços do petróleo mudaram de direção, exibindo alta firme. O contrato do Brent para junho fechou com valorização de 4,23%, a US$ 65,48 (R$ 334,00) o barril. Por aqui, o Ibovespa, que oscilava ao redor da estabilidade, subiu mais de 3%, impulsionado pelos papéis da Petrobras e da Vale.
Para Borsoi, da Nova Futura, Trump parece ter percebido que “exagerou” com o tarifaço, cujo resultado poderia ser a recessão da economia americana. “Em um primeiro momento, a sensação é de alívio nos mercados. Mas ainda é preciso ver se a China está disposta a sentar à mesa e negociar, cedendo em alguns pontos”, afirma o economista.
Em entrevista coletiva por volta das 16 horas, Trump afirmou que “um acordo será feito com a China e com todos os países” na questão das tarifas de importação. “Quero acordos justos para todos”, disse. Segundo ele, o país asiático quer uma negociação, “mas não sabe como começar”.
Divulgada à tarde, a ata do encontro do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) do mês passado reforçou a perspectiva de que o tarifaço de Trump resulte em mais inflação e menos crescimento. Mais uma vez, o Fed afirmou que a política monetária está bem posicionada para lidar com as incertezas provocadas pelo tarifaço.
A ferramenta de monitoramento do CME Group mostrou, após o recuo de Trump, um aumento das chances de início de corte de juros pelo Fed em junho, com probabilidade maior de redução total de 75 pontos-base ao longo de 2025.
“O Fed vai tentar manter o mercado em banho-maria, com um tom bem ameno, sem validar os cortes estimados pelo mercado. A postura é de esperar para ver como as tarifas vão impactar a inflação e a atividade”, afirma Borsoi, da Nova Futura.
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