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Atividade industrial da China cai para o menor nível em quase dois anos em abril devido a tarifas comerciais

Publicado 29/04/2025 • 23:13 | Atualizado há 3 horas

CNBC

Redação CNBC

Bandeira da China

Pixabay

A atividade industrial da China caiu mais do que o esperado, entrando em território de contração em abril, à medida que a crescente guerra comercial com os EUA afetou o comércio bilateral entre as duas maiores economias do mundo.

O índice oficial de gerentes de compras ficou em 49,0 em abril, de acordo com dados do Escritório Nacional de Estatísticas, caindo abaixo do limite de 50, que separa a expansão da contração, pela primeira vez desde janeiro.

Desaceleração industrial e tarifas comerciais

Essa leitura ficou abaixo das expectativas dos analistas, que esperavam uma contração de 49,8 em uma pesquisa da Reuters, marcando uma desaceleração notável após a atividade industrial da China ter crescido no ritmo mais rápido em um ano em março, quando os exportadores anteciparam embarques para evitar tarifas mais altas.

Em uma linha similar, o PMI industrial Caixin/S&P Global desacelerou para 50,4 em abril, de 51,2 no mês anterior, indicando uma expansão modesta e superando a previsão dos analistas de 49,8.

O PMI do setor não manufatureiro do departamento de estatísticas, que abrange serviços e construção, caiu modestamente para 50,4 em abril, de 50,8 no mês anterior.

O presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas cumulativas de 145% sobre produtos chineses este ano, com a maioria dessas tarifas entrando em vigor em abril, após seus anúncios do “dia da libertação”. Isso eleva as tarifas totais sobre alguns produtos da China para até 245%, de acordo com um comunicado divulgado pela Casa Branca.

Retaliações e impactos comerciais

A China retaliou com novas tarifas de 125% sobre produtos americanos, antes de criticar as tarifas exorbitantes de Washington como um “jogo de números sem sentido”.

Os fluxos comerciais entre os dois países foram “severamente interrompidos” após os aumentos de tarifas recíprocas, disse Chetan Ahya, economista-chefe para a Ásia do Morgan Stanley, em uma nota na segunda-feira (28), com o número de navios porta-contêineres saindo da China para os EUA caindo acentuadamente nas últimas semanas, resultando em uma contração ano a ano.

Possíveis alívios tarifários

Apesar de poucas evidências de progresso nas negociações comerciais entre os dois países, relatos recentes sugerem algum alívio tarifário, já que ambos os governos buscam amenizar os impactos econômicos das tarifas punitivas.

A China teria concedido isenções de tarifas para certos produtos americanos, incluindo produtos farmacêuticos, equipamentos aeroespaciais, semicondutores e importações de etano.

Na quarta-feira (30), Trump assinou uma ordem executiva isentando importações de carros e peças estrangeiras de tarifas adicionais, após a redução de tarifas sobre uma série de produtos eletrônicos, incluindo smartphones e computadores, no início deste mês.

Impactos econômicos e medidas de estímulo

Ainda assim, a Nomura estima que cerca de 2,2% do produto interno bruto (PIB) da China será diretamente impactado pelas tarifas de 145% dos EUA, e cerca de 9 milhões de empregos no setor manufatureiro da China estão diretamente expostos às tarifas de Trump.

Em uma reunião de definição de política econômica na semana passada, as autoridades chinesas prometeram apoiar empresas e trabalhadores mais afetados pelo impacto das massivas tarifas dos EUA, enquanto sinalizam urgência em implementar políticas fiscais mais ativas e políticas monetárias “moderadamente frouxas” para estimular a economia.

Enquanto uma série de grandes bancos de Wall Street reduziram suas previsões de PIB da China para o ano, citando ventos contrários do comércio, Pequim reiterou que está “totalmente confiante” em alcançar a meta ambiciosa deste ano de “cerca de 5%”.

Desafios e ações futuras

“Compensar o impacto das tarifas provavelmente exigirá dobrar o estímulo este ano”, disse Dan Wang, diretor da China na empresa de consultoria de riscos Eurasia Group, que espera que as exportações da China para os EUA caiam pela metade como resultado da contínua guerra comercial.

Pequim precisará implantar pelo menos 2 trilhões de yuans em gastos fiscais adicionais para compensar a perda de 2% no PIB, disse Wang.

Enquanto a administração Trump insistiu que as negociações comerciais com autoridades chinesas estavam em andamento, Pequim negou repetidamente que estava em qualquer tipo de negociação para resolver as disputas tarifárias com Washington.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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