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Tarifas do Trump

Maioria dos brasileiros considera tarifaço ato político e quer que país mais próximo da China e Europa, aponta IPEC

Publicado 12/08/2025 • 10:55 | Atualizado há 2 meses

KEY POINTS

  • 75% dos brasileiros veem tarifaço de Trump como decisão política.
  • Mais da metade compraria mais produtos nacionais e evitaria americanos.
  • 68% defendem diversificação de parceiros comerciais como resposta.

Reprodução/CNBC

Durante discurso em Washington, D.C., Trump anunciou medidas para combater a violência na capital dos Estados Unidos.

Uma pesquisa nacional da Ipsos-Ipec, divulgada nesta terça-feira (12), mostra que 75% dos brasileiros interpretam a imposição de tarifas sobre produtos nacionais pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como um ato político. Apenas 12% veem motivação exclusivamente comercial, enquanto 5% acreditam que haja razões políticas e comerciais. Outros 8% não souberam responder.

O levantamento foi realizado entre 1º e 5 de agosto de 2025, com 2.000 entrevistados de 16 anos ou mais, e margem de erro de dois pontos percentuais.

Desgaste na imagem dos EUA

Antes do anúncio das tarifas, 48% dos brasileiros tinham imagem positiva dos Estados Unidos, 28% consideravam regular e 15% negativa. Após a medida, 38% afirmam que a percepção piorou, 51% dizem que não mudou e 6% melhoraram a avaliação.

Entre os eleitores de Lula, 52% passaram a ver os EUA de forma mais negativa, contra 26% dos eleitores de Bolsonaro. Entre católicos, a piora foi apontada por 42%, ante 32% entre evangélicos.

Reações divididas

O estudo revela divisão sobre a resposta brasileira. Para 46%, o país deveria se distanciar comercialmente dos EUA, enquanto 47% discordam. A polarização segue o padrão político: 61% dos eleitores de Lula defendem o distanciamento, contra 65% dos eleitores de Bolsonaro que se opõem à medida.

Quanto à retaliação com tarifas equivalentes sobre produtos americanos, 49% concordam e 43% discordam. No Norte e Centro-Oeste, o apoio é de 58%, enquanto no Sul prevalece a discordância (52%).

Consenso pela diversificação

O ponto de maior concordância é buscar novos parceiros comerciais, como China e União Europeia, posição defendida por 68% dos entrevistados. O apoio é mais forte entre pessoas com maior escolaridade (77%) e renda superior a cinco salários mínimos (77%).

Seis em cada dez brasileiros também acreditam que o embate pode isolar o país no cenário internacional, percepção mais comum entre eleitores de Bolsonaro (70%) do que de Lula (53%).

Reação do consumidor

Mais da metade dos entrevistados afirma que, diante de impactos econômicos do tarifaço, passaria a comprar mais produtos nacionais e evitar itens americanos — somando os 39% que priorizariam o consumo interno e os 22% que deixariam de adquirir produtos dos EUA.

Outras reações citadas incluem apoiar políticos que defendam acordos com outros países (9%), cancelar viagens aos EUA (5%) e usar redes sociais para criticar a medida (3%).

Para a diretora da Ipsos-Ipec, Márcia Cavallari, a leitura política da medida é generalizada e reflete a polarização interna. “As reações de distanciamento ou retaliação espelham a divisão do segundo turno de 2022, mostrando que a política externa virou mais um campo de disputa ideológica interna.”

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