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China congela investimentos empresariais nos EUA em meio à guerra comercial
Publicado 01/08/2025 • 11:16 | Atualizado há 13 horas
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Publicado 01/08/2025 • 11:16 | Atualizado há 13 horas
KEY POINTS
Bandeira da China
Unsplash
O governo da China suspendeu as aprovações de investimentos de empresas chinesas que buscam abrir ou expandir operações nos Estados Unidos, como parte do embate comercial renovado com Washington. Segundo informou a agência de notícias Nikkei, a medida não tem prazo para expirar.
Governos locais e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) — principal órgão de planejamento econômico da China — pararam de processar novos pedidos de empresas com destino ao mercado americano. A decisão abrange tanto projetos greenfield (criação de unidades do zero) quanto aquisições.
A suspensão ocorre em meio à escalada de tensão entre as duas maiores economias do mundo, após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas de até 145% sobre produtos chineses em abril. A medida provocou resposta imediata de Pequim, que passou a controlar exportações de materiais estratégicos. Em junho, houve recuo parcial: as tarifas foram reduzidas para 55%, e a China relaxou restrições sobre terras raras. Um novo encontro bilateral está marcado para esta segunda-feira (4), com expectativa de prorrogar a trégua comercial além do prazo atual de 12 de agosto.
Normalmente, empresas chinesas que pretendem investir até US$ 300 milhões no exterior precisam apenas notificar o governo local. Projetos acima desse valor exigem aval da NDRC, do Ministério do Comércio e da Administração Estatal de Câmbio. Agora, até mesmo pedidos abaixo do limite pararam de tramitar.
“O bloqueio afeta apenas os Estados Unidos. Investimentos chineses em outros países continuam sendo aprovados normalmente”, disse um consultor que trabalha com internacionalização de empresas. Segundo ele, “há projetos industriais em andamento na Europa e na Ásia que não foram afetados”.
Procuradas pela reportagem, a NDRC e o Ministério do Comércio chinês não responderam aos pedidos de comentário.
Segundo a Rhodium Group, consultoria especializada com sede em Nova York, o investimento direto chinês nos EUA atingiu US$ 3,2 bilhões em 2024 — o menor volume em uma década. O pico havia ocorrido em 2016, antes do início da guerra comercial sob o primeiro mandato de Trump.
Dados oficiais do Ministério do Comércio da China mostram que os investimentos chineses nos EUA somaram US$ 6,91 bilhões em 2023, uma queda de 5,2% em relação ao ano anterior. O valor representou apenas 3,9% do total de investimento externo chinês no ano passado.
Apesar do congelamento, analistas avaliam que o impacto direto na economia americana será limitado. “Trata-se mais de uma sinalização política do que de uma medida com efeito material”, disse Armand Meyer, analista sênior da Rhodium. “Como o volume de investimentos chineses nos EUA já está em baixa histórica, o efeito prático deve ser mínimo.”
O governo Trump vem ampliando a vigilância sobre empresas chinesas que atuam em setores considerados estratégicos ou de alta tecnologia. Em fevereiro, a Casa Branca publicou um memorando determinando novas restrições a investimentos estrangeiros em áreas como semicondutores, inteligência artificial e defesa.
Por outro lado, o cerco tarifário de Washington vem incentivando empresas chinesas a realocar suas cadeias de produção para países da Ásia ou, em alguns casos, a internalizar operações nos EUA — mesmo sob hostilidade política. A restrição atual, no entanto, bloqueia esses movimentos.
Empresas e autoridades chinesas esperavam que as negociações em andamento com Washington levassem à aprovação de um acordo preliminar, após um esboço ter sido costurado e endossado por Pequim no início de julho. Mas, segundo fontes com conhecimento direto das tratativas, Trump recuou e optou por endurecer unilateralmente a postura comercial, frustrando expectativas de alívio.
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