O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent diz que o país planeja anunciar novos acordos comerciais com diversas nações antes do prazo de 9 de julho, estipulado pelo presidente Donald Trump, para a aplicação de tarifas recíprocas.
Em entrevista à CNBC, Bessent mencionou projeções do secretário do Comércio, Howard Lutnick, de que os EUA firmarão acordos com entre dez e 12 países. Destacou ainda que outros 20 países podem retornar às tarifas de 2 de abril, ou, se estiverem negociando de boa fé, permanecer com a tarifa mínima de 10%.
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Bessent também comentou sobre o recente pacto firmado com a China, afirmando que dá continuidade ao acordo de Genebra. Segundo o secretário, há indícios de que a exportação de terras-raras e ímãs da China está se normalizando.
Em relação ao Canadá, Bessent criticou a decisão do país de implementar uma tributação retroativa sobre serviços digitais a partir de segunda-feira (30). Mais cedo, Trump havia anunciado o fim das negociações comerciais com o Canadá devido a essa questão.
Durante a entrevista, Bessent mencionou que o Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) deve iniciar uma investigação sob a Seção 301, o que pode resultar em tarifas mais permanentes sobre produtos canadenses. Ele destacou que, apesar de alguns países da União Europeia também planejarem taxar empresas de tecnologia americanas, nenhum adotou medidas retroativas.
O secretário minimizou a recente volatilidade do dólar, em meio às incertezas relacionadas à política tarifária de Trump. “É natural que moedas oscilem”, afirmou à CNBC. Bessent reafirmou que os EUA mantêm uma “política forte” para o dólar e previu que o aumento dos gastos fiscais na Europa deve valorizar o euro.
Ele também negou que haja discussões na Casa Branca sobre um sucessor para o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, antes do término do mandato, no início do próximo ano.
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