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Tarifas do Trump

Goldman Sachs: tarifa dos EUA contra o Brasil impacta Suzano e pressiona mercado de celulose

Publicado 10/07/2025 • 12:30 | Atualizado há 8 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O novo pacote tarifário anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve afetar diretamente grandes exportadoras brasileiras, em especial a Suzano, segundo análise do Goldman Sachs divulgada na noite de quarta-feira (9).
  • Em carta enviada ao governo brasileiro, Trump confirmou que os EUA aplicarão uma tarifa de 50% sobre importações do Brasil a partir de 1º de agosto.
  • O aumento se soma a tarifas setoriais já existentes, como a que incide sobre o aço, e deve ser seguido de retaliações caso o Brasil decida responder à medida.
Joint venture da brasileira Suzano com a texana Kimberly-Clark envolve 22 fábricas em 15 países e centros de distribuição em mais de 70 países.

Suzano

O novo pacote tarifário anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve afetar diretamente grandes exportadoras brasileiras, em especial a Suzano, segundo análise do Goldman Sachs divulgada na noite de quarta-feira (9).

Em carta enviada ao governo brasileiro, Trump confirmou que os EUA aplicarão uma tarifa de 50% sobre importações do Brasil a partir de 1º de agosto. O aumento se soma a tarifas setoriais já existentes, como a que incide sobre o aço, e deve ser seguido de retaliações caso o Brasil decida responder à medida.

“Entre as empresas que analisamos, a Suzano é a que possui maior exposição aos EUA (19% das vendas líquidas)”, diz o relatório. Segundo o Goldman, a fatia é significativa demais para ser redirecionada com facilidade a outros mercados, o que exigiria esforço logístico e comercial adicional, além de provável pressão sobre os preços.

O impacto para o mercado de celulose, de forma geral, também é preocupante, segundo o relatório. Em 2024, o Brasil exportou 2,8 milhões de toneladas de celulose de madeira dura para os EUA, o equivalente a 78% do consumo local da matéria-prima, 14% das exportações brasileiras do setor e 7% do mercado global.

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“Isso é material demais para ser substituído por outras regiões de maneira ordenada”, afirma o banco, citando Uruguai e Chile como eventuais substitutos, embora a produção conjunta desses países some apenas 9,5 milhões de toneladas por ano.

Além da Suzano, o relatório lista outras empresas brasileiras com exposição aos EUA: CSN (5% das exportações de aço), Vale (3% das vendas líquidas), Klabin (2%) e, em menor grau, Gerdau e Dexco (1% cada).

No caso do setor de aço, o Goldman lembra que as novas tarifas se somam às da Seção 232, que já impunham uma alíquota de 50% sobre produtos do segmento, o que levaria a uma tarifa combinada de 100%. “O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA, especialmente placas de aço, com a ArcelorMittal Brasil sendo um dos principais fornecedores”, diz.

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