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Índia espera tarifas “preferenciais” em acordo com os EUA, diz ministro do Comércio

Publicado 25/07/2025 • 09:09 | Atualizado há 18 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • Índia espera tarifas menores que as aplicadas a Japão e Vietnã, e quer fechar acordo com os EUA antes do aumento previsto em 1º de agosto
  • Ministro Piyush Goyal afirma que setor agrícola e pequenas empresas indianas serão protegidos nas negociações
  • Estratégia comercial da Índia prioriza parcerias com economias desenvolvidas, afastando-se de blocos como o RCEP
Trump e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi

Trump e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi

SAUL LOEB / AFP via Getty Images

A Índia negocia com os Estados Unidos um acordo comercial com tarifas “preferenciais”, mais vantajosas do que aquelas aplicadas a concorrentes como Japão e Vietnã, segundo o ministro do Comércio e Indústria indiano, Piyush Goyal.

“Vamos obter tarifas melhores porque fomos um dos primeiros a iniciar essas negociações, e o engajamento entre os dois países tem sido muito relevante”, afirmou Goyal em entrevista à CNBC nesta quinta-feira (24), destacando que o objetivo é alcançar US$ 500 bilhões em comércio bilateral até 2030.

A declaração acontece em meio à reta final das conversas com Washington, que precisam ser concluídas até 1º de agosto, quando entram em vigor tarifas americanas de 26% sobre produtos indianos.

“Estados Unidos e Índia compartilham uma relação muito especial. Estou confiante de que chegaremos a um acordo robusto e equilibrado”, disse o ministro, mencionando sua proximidade com o secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, que lidera a equipe de negociação dos EUA.

Postura firme nas negociações

O otimismo do governo indiano é compartilhado pelo setor privado. Para Keshav Murugesh, presidente do Fórum Empresarial do Reino Unido da Confederação da Indústria Indiana, a Índia negocia com firmeza e sem concessões automáticas. “As conversas são baseadas em mérito. A Índia não será um país submisso”, disse.

Murugesh observou ainda que os EUA têm forte interesse no acordo. “Trump e sua equipe sabem que a Índia é o futuro.”

Reposicionamento geopolítico

Segundo Goyal, o acordo com os EUA faz parte de uma mudança estratégica da Índia, que agora prioriza acordos com nações desenvolvidas que complementam sua trajetória de crescimento. Ele citou como exemplo o recuo da Índia no RCEP, bloco liderado pela China, que “representava algo semelhante a um acordo de livre comércio com Pequim”.

A fala ocorreu no mesmo dia em que o país assinou formalmente seu acordo com o Reino Unido, que prevê isenção tarifária para 99% dos produtos indianos exportados e corte gradual de tarifas britânicas em setores como bebidas alcoólicas e automóveis.

Agricultura é ponto sensível

Mesmo confiante, Goyal reconheceu que a agricultura é um tema delicado nas negociações com os EUA. Ele evitou comentar detalhes, mas ressaltou que o governo de Narendra Modi não abrirá mão da proteção a agricultores e pequenas empresas.

“Somos sempre muito sensíveis aos interesses dos nossos produtores e empresas locais. E nossos parceiros americanos entendem isso”, disse Goyal.

A posição da Índia em relação ao setor agrícola é estratégica, já que mais da metade da população ativa do país depende diretamente da atividade rural, que também possui forte influência política.

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