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“Não quero que achem que estou com medo do Trump”, diz Lula em discurso

Publicado 05/08/2025 • 13:22 | Atualizado há 3 horas

Da Redação

KEY POINTS

  • Durante discurso em evento do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável nesta terça-feira (5) no Itamaraty, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a retomada da participação da sociedade civil no processo de formulação de políticas públicas.
  • No discurso, Lula destacou a importância do Conselhão, criado em 2003 em seu primeiro mandato. Segundo ele, na época, houve resistência dentro do próprio partido, com críticas de que o Conselho poderia reduzir o poder do Congresso.

Durante discurso em evento do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável nesta terça-feira (5) no Itamaraty, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a retomada da participação da sociedade civil no processo de formulação de políticas públicas e teceu críticas relacionadas ao presidente norte-americano Donald Trump.

“Eu vim para cá prometido a não perder muito tempo falando na taxação. Porque também, se eu não falar, vão dizer: ‘por que o Lula não falou? Está com medo do Trump’. E eu não quero que vocês saiam com essa imagem.”

No discurso, Lula destacou a importância do Conselhão, criado em 2003 em seu primeiro mandato. Segundo ele, na época, houve resistência dentro do próprio partido, com críticas de que o Conselho poderia reduzir o poder do Congresso. Lula afirmou que o objetivo sempre foi criar um canal para que a sociedade apresentasse propostas e cobrasse ações do governo.

“Quando vocês deixaram de funcionar de 2019 a 2023, o país perdeu muito”, afirmou, ao justificar a reativação do Conselho em seu atual mandato.

Democracia além do voto

Lula defendeu a ideia de democracia participativa, afirmando que ela vai além do direito ao voto. Segundo o presidente, democracia também envolve a possibilidade de corrigir erros, fiscalizar e acompanhar o trabalho de autoridades eleitas.

“É você saber o que faz um deputado, o que faz um senador, o que faz um prefeito”, disse. Ele argumentou que a ausência da sociedade no acompanhamento político pode levar ao descrédito da política.

O presidente também fez críticas ao que classificou como interferência em assuntos internos de outros países e ressaltou o princípio da soberania nacional. “Se nós passarmos a dar palpite sobre as coisas que acontecem nos outros países, nós estamos ferindo uma palavra mágica chamada soberania”, afirmou.

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Lula: “Ninguém me dá lição de negociação”

Lula afirmou que seu governo prioriza o diálogo e criticou a decisão dos Estados Unidos de aplicar novas taxações ao Brasil. Ele também destacou a saída do país do mapa da fome e defendeu mudanças no sistema tributário.

Ao comentar a decisão do governo norte-americano, Lula afirmou que o presidente dos EUA poderia ter buscado uma conversa direta. “Poderia ter pegado o telefone, poderia ter ligado para mim, poderia ter mandado ligar para o Alckmin, poderia ter chamado. Estaríamos aptos a conversar”, disse. Para ele, a medida teve caráter político e deveria ter sido tratada com negociação.

“Ninguém nesse mundo pode dizer que tem um governo que gosta mais de negociar do que nós. Duvido”, declarou. “Ninguém me dá lição de negociação. Eu já lidei com muitos magnatas do mundo. Respeito todos. A única coisa que eu quero é ser tratado com respeito.”

Multilateralismo e crítica à dependência comercial

Lula afirmou que o Brasil não deve depender de um único parceiro comercial. “Queremos negociar com Uruguai, Paraguai, Argentina, Equador, Bolívia, com a China, com a Rússia, com os Estados Unidos, com a Índia, com os países da África”, disse. Segundo ele, o país deseja comprar, vender, crescer e compartilhar.

O presidente também criticou a ausência de empresários nacionalistas no Brasil contemporâneo, comparando com os perfis mais comuns nas décadas de 60, 70 e 80. “Hoje você tem mais mercantilista do que nacionalista”, afirmou.

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