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O que o acordo comercial entre EUA e Vietnã nos diz sobre o futuro das tarifas
Publicado 03/07/2025 • 14:08 | Atualizado há 7 horas
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KEY POINTS
O presidente dos EUA, Donald Trump
EVAN VUCCI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDOO presidente dos EUA, Donald Trump
A atenção global se voltou para o Vietnã na quinta-feira (29), após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar um acordo comercial com Hanói poucos dias antes de as tarifas recíprocas de Washington voltarem com força total.
De acordo com o acordo, os EUA aplicarão uma tarifa de 20% sobre as importações vietnamitas — bem abaixo da taxa de 46% que Trump havia imposto no início de abril. Já as importações dos EUA para o Vietnã não estarão sujeitas a tarifas.
Trump também afirmou que o Vietnã concordou com uma tarifa de 40% sobre quaisquer produtos que originalmente vieram de outro país, mas foram enviados para o Vietnã para o embarque final aos EUA. A China tem, supostamente, utilizado repetidamente essa prática, conhecida como transbordo, para evitar barreiras comerciais.
O Vietnã é um dos poucos países que conseguiu um acordo comercial com a Casa Branca, enquanto o tempo está se esgotando para a trégua temporária de 90 dias de Trump. Muitos países estão se perguntando como será o futuro de suas relações comerciais com a maior economia do mundo.
“O que aprendemos com o acordo do Vietnã é que, se for o caso, as tarifas vão aumentar a partir de agora, não diminuir,” disse Sebastian Raedler, chefe de estratégia de ações europeias do BofA, ao programa “Europe Early Edition” da CNBC na quinta-feira (29).
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O acordo pode ser motivo de preocupação para outras economias de mercado emergente como o Vietnã, disseram economistas e estrategistas do Citi em uma nota na quinta-feira (29).
“No geral, acreditamos que há mais com o que a Ásia emergente deve se preocupar do que esperar ganhos se este acordo refletir o que está por vir em breve,” eles observaram.
Embora o desenvolvimento remova incertezas e sugira que outros acordos possam surgir nos próximos dias, a taxa de tarifa de 20% é maior do que a taxa de 10% esperada sobre bens, de acordo com os especialistas do Citi. Eles acrescentam que a taxa separada de 40% sobre bens transbordados sugere que outros países também podem precisar concordar com tal tarifa.
“A Tailândia, seguida pela Malásia, pode estar mais exposta do que outros pares da Ásia emergente (além do Vietnã). Uma tarifa separada e mais punitiva sobre bens transbordados era o menos esperado pelo mercado,” dizia a nota.
“Além disso, pode haver repercussões para outros exportadores que montaram fábricas no Vietnã nos últimos anos,” como a Coreia, acrescentou.
Embora o acordo Vietnã-EUA sugira que mais acordos provavelmente estão a caminho para outros países asiáticos, isso não significa necessariamente que o mesmo seja verdade para a União Europeia, disse Lavanya Venkateswaran, economista sênior da ASEAN no OCBC Bank, à CNBC.
“As autoridades vietnamitas foram claras sobre sua intenção de negociar com os EUA, mesmo antes dos anúncios recíprocos serem feitos em abril,” ela disse por e-mail, acrescentando que o mesmo aconteceu com outras economias regionais como Indonésia e Malásia.
“Comparado a essas economias, o caso com a UE nem sempre tem sido um mar de rosas e os EUA têm sido mais públicos em suas críticas à UE em diferentes momentos nos últimos meses,” disse Venkateswaran.
As negociações comerciais entre a UE e os EUA têm sido desafiadoras e lentas para se desenvolver, com fontes dizendo à CNBC que um acordo “político” básico com poucos detalhes iniciais pode ser a melhor esperança da UE neste momento. Analistas e economistas também expressaram incerteza sobre a probabilidade de um acordo comercial, dados os principais pontos de impasse como regulamentação de grandes tecnologias, tributação e visões de mundo amplamente divergentes.
Trump pediu tarifas de até 50% sobre a UE, enquanto o bloco ameaçou medidas de retaliação abrangentes, que também foram suspensas até a próxima semana.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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