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Pacote antitarifaço alivia pressão imediata, mas não resolve crise de competitividade, alertam economistas

Publicado 13/08/2025 • 11:26 | Atualizado há 5 horas

Allan Ravagnani, da Redação

KEY POINTS

  • Pacote de R$ 30 bilhões é visto como alívio emergencial, mas não resolve perda de competitividade
  • Economistas alertam para riscos fiscais e necessidade de estratégia comercial de longo prazo
  • FIDCs e crédito estruturado ganham destaque para manter operações e preservar empregos

O governo federal anunciou um pacote emergencial de R$ 30 bilhões para mitigar os impactos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre a maior parte das exportações brasileiras. O plano, anunciado nesta terça-feira (12), prevê crédito subsidiado, compras governamentais e estímulo à diversificação de mercados.

Embora as medidas aliviem a pressão de caixa no curto prazo, 12 economistas e gestores ouvidos pelo Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC avaliam que o programa não resolve o problema de competitividade e pode trazer riscos adicionais à estabilidade fiscal e comercial do país.

De forma geral, a avaliação é que a iniciativa chega em boa hora para preservar empregos e manter a operação de cadeias produtivas, mas a ausência de avanços diplomáticos e de abertura de novos mercados limita seu alcance. O consenso é de que, sem uma estratégia de longo prazo, a incerteza seguirá freando investimentos.

Volnei Eyng, CEO da Multiplike, considerou o pacote “um alívio emergencial, não uma solução”. Para ele, a perda de competitividade no principal mercado comprador segue intocada, especialmente para indústrias de ciclo longo. “Sem acesso a mercados alternativos com escala similar à dos EUA, o risco de retração é real”, afirma.

Richard Ionescu, CEO do Grupo IOX, destacou a importância de canais de crédito ágeis fora do sistema bancário tradicional, como FIDCs, para manter operações ativas. Ele vê no momento oportunidades de investimento em ativos com lastro real, desde que acompanhadas de gestão criteriosa de risco.

Gustavo Assis, CEO da Asset Bank, também ressaltou o papel dos FIDCs para setores que precisam de liquidez imediata, e defende a combinação de instrumentos privados de crédito com política pública para manter a atividade econômica.

Mary Elbe Queiroz, presidente do Cenapret, alertou para as implicações fiscais e jurídicas do pacote. Para ela, é preciso garantir que incentivos e subsídios tenham fontes de compensação e respeitem os limites legais para preservar a segurança jurídica.

No agronegócio, Pedro Da Matta, CEO da Audax Capital, vê como estratégico antecipar recebíveis e diversificar compradores para atravessar o período de incerteza. Já Jorge Kotz, CEO da Holding Grupo X, enfatiza a necessidade de líderes preparados para reorganizar capital de giro e buscar novas oportunidades.

Para Pedro Ros, CEO da Referência Capital, a resposta é “tardia e limitada”, especialmente para micro e pequenas empresas, e não enfrenta a crise de competitividade brasileira. João Kepler, CEO da Equity Group, acrescenta que, sem plano consistente de transição comercial, o investidor seguirá cauteloso.

Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, avaliou que o pacote não compensa a perda de margem e previsibilidade. Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, ressalta que a execução e o acesso rápido aos recursos serão determinantes para o sucesso da medida.

Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital, resume que a ação “mitiga o curto prazo, mas proteger setores estratégicos exigirá política comercial contínua”. Fábio Murad, CEO da Super-ETF Educação, alerta para o risco de instabilidade jurídica e impacto fiscal se as tarifas persistirem.

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