CNBC
Donald Trump.

CNBC UE tenta acordo enquanto EUA mantém prazo para tarifas em 1º de agosto

Tarifas do Trump

Tarifas de Trump podem ter impacto “extraordinário” para mineração, diz presidente do IBRAM

Publicado 21/07/2025 • 19:30 | Atualizado há 6 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • As tarifas de 50% impostas sobre produtos brasileiros pelo presidente americano Donald Trump pode ser prejudicial para o setor de minério, já que os Estados Unidos correspondem a 4% das compras de minérios do Brasil e são o 12º maior importador de minérios do país em tonelagem.
  • A nova tarifa afetaria produtos estratégicos como ouro, nióbio, caolin e pedras ornamentais.
  • Em entrevista exclusiva para o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram, aponta os impactos que as tarifas terão para o setor, se entrarem em vigor a partir de 1º de agosto, e que uma possível reciprocidade seria "muito prejudicial" para a mineração brasileira.

As tarifas de 50% impostas sobre produtos brasileiros pelo presidente americano Donald Trump pode ser prejudicial para o setor de minério, já que os Estados Unidos correspondem a 4% das compras de minérios do Brasil e são o 12º maior importador de minérios do país em tonelagem. A nova tarifa afetaria produtos estratégicos como ouro, nióbio, caolin e pedras ornamentais.

O Instituto Brasileiro de Mineração, o IBRAM, Alerta que essa medida pode afetar investimentos previstos em mais de US$ 68 bilhões até 2029 e pressionar a balança comercial brasileira, já que a mineração representa quase metade do superávit do país.

Em entrevista exclusiva para o Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram e ex-ministro do Desenvolvimento Social e Agrário do Brasil, aponta os impactos que as tarifas terão para o setor, se entrarem em vigor a partir de 1º de agosto, e que uma possível reciprocidade seria “muito prejudicial” para a mineração brasileira.

Leia mais
Acompanhe a cobertura em tempo real da Guerra Comercial
Mineração brasileira pode enviar missão aos EUA para tratar de tarifas; Alckmin participa de reunião com setor
Bessent: Tarifas de 1º de agosto vão aumentar pressão por acordos comerciais

Jungmann aponta que além das exportações, a preocupação maior do setor está nas importações. “Se a exportação nos atinge em 4% daquilo que a gente exporta, a importação chega praticamente a 20% para o cluster, ou seja, não estamos falando só de minérios, nós estamos falando de bens, de equipamentos, de serviços que nós importamos dos Estados Unidos.”, explica.

O diretor também aponta que durante a reunião com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ele sinalizou que a ida de uma delegação aos EUA para negociar as tarifas deveria acontecer e “seria importante para o setor” e que negociar cotas para as alíquotas é uma possibilidade.

“Acredito que seria muito importante, inclusive agora, que uma missão de altíssimo nível fosse até os Estados Unidos negociar, conversar diplomaticamente com os americanos. Não tem por que esperar, na medida em que estão em jogo empregos e impostos, que são muito importantes para o Brasil.”

Além disso, ele afirmou que tanto para negócios a serem fechados quanto para os em curso, já existem impactos das tarifas. Isso acontece porque mesmo se a tarifa de 50% não entrar em vigor, o presidente Trump ameaçou impor alíquotas adicionais para quem que negocia com outros países, como China e Rússia.

De acordo com ele, se isso realmente acontecer o impacto para o setor seria “extraordinário” por conta da grande quantidade exportada e falta de substitutos no mercado. “Nessa escala de 80% [de exportações] para a Ásia e 70% para a China, não tem como. Não existe um substituto para isso.”

Jungmann também alertou para as investigações do governo americano sobre práticas comerciais brasileiras. Ele afirma que elas são um “foco de preocupação” muito maior do que está sendo visto com as tarifas, já que pode ser uma medida que se estenda por um longo período de tempo e prejudicar ainda mais o comércio entre os dois países.

“Aí reside uma das principais ameaças com as quais nós temos que lidar, que é essa Seção 301 da USDA”, aponta.

__

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

MAIS EM Tarifas do Trump