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CNBC UE tenta acordo enquanto EUA mantém prazo para tarifas em 1º de agosto

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Produtores de tilápia do MS enfrentam incerteza com nova tarifa dos EUA

Publicado 21/07/2025 • 12:37 | Atualizado há 7 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • Produtores de tilápia do Mato Grosso do Sul relatam prejuízos após o anúncio de novas tarifas impostas pelos Estados Unidos.
  • O setor, que destina 99% da produção ao mercado americano, tem enfrentado cancelamentos de embarques e suspensão de novas produções.

Produtores de tilápia do Mato Grosso do Sul relatam prejuízos após o anúncio de novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. O setor, que destina 99% da produção ao mercado americano, tem enfrentado cancelamentos de embarques e suspensão de novas produções.

“Quando a política se sobrepõe à economia, não sobra alternativa para o empresário”, afirmou Sérgio Longen, presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em entrevista ao Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

Segundo ele, o prazo imposto — com vigência a partir de 1º de agosto — não permite o ajuste logístico e comercial necessário para manter as exportações. “A nossa proposta, enquanto empresários, é o adiamento. Ou seja, mais prazos para negociação”, disse.

Cancelamentos e suspensão da produção

De acordo com Longen, produtores do Estado embarcam cerca de 150 toneladas de tilápia por mês para os Estados Unidos. O peixe, transportado refrigerado, é considerado um diferencial competitivo. “Essa tilápia praticamente é fresca, ela chega nos Estados Unidos simplesmente refrigerada”, explicou.

Com a incerteza sobre a tarifa, ele informou que a produção foi suspensa em diversas fazendas. “Automaticamente, quando você não tem o mercado à disposição, você suspende a produção”, afirmou, acrescentando que há demissões previstas no curto prazo.

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Regiões produtoras e alternativas de mercado

As principais regiões produtoras citadas são a fronteira com São Paulo e a região de Dourados. Segundo Longen, havia expectativa de exportar até 2 mil toneladas apenas para o mercado norte-americano neste ano.

A busca por novos destinos de exportação está em andamento, mas esbarra em exigências sanitárias específicas. “O mercado externo precisa de comprovação plena, e não é algo que aconteça do dia pra noite”, declarou. Ele destacou que o fato de o produto já ser aceito nos Estados Unidos pode facilitar negociações com outros países.

Diálogo com o governo e barreiras políticas

Longen relatou que o setor tem recebido atenção do governo federal, que está disposto a discutir soluções técnicas. Ele mencionou a atuação de parlamentares como os senadores Nelsinho Trad e Tereza Cristina na tentativa de intermediar o diálogo com o Congresso dos EUA.

Contudo, o entrave político tem dificultado o avanço das negociações. “Lá nos Estados Unidos não estamos conseguindo sentar com ninguém para conversar sobre o tema”, afirmou. Segundo ele, os comitês não estão ativos e a decisão partiu diretamente da Casa Branca.

“Você não consegue avançar na discussão objetiva dos nossos produtos”, declarou, referindo-se à tilápia, carne bovina e minério de ferro como setores afetados. Ele reforçou que a única alternativa, no momento, é reavaliar a viabilidade econômica das exportações e buscar outros mercados.

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