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Tarifas do Trump

Revisão fiscal pode reduzir impacto do tarifaço de Trump para exportadores; veja como

Publicado 16/08/2025 • 11:54 | Atualizado há 16 horas

Allan Ravagnani, do Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC

KEY POINTS

  • Revisão fiscal identifica créditos tributários inativos e transforma valores parados em recursos para o caixa da empresa.
  • Estratégia legal e ágil reduz a dependência de empréstimos e fortalece a liquidez em períodos de instabilidade internacional.
  • Recuperação de créditos de ICMS, PIS/Cofins e outros tributos pode gerar vantagem competitiva para exportadores.

José Guilherme Sabino, presidente do Grupo Assertif, comenta alternativas para as empresas sobreviverem ao tarifaço

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil já está em vigor e atinge diretamente a competitividade das exportações brasileiras no mercado norte-americano. Enquanto o americano não aceita sentar para negociar com os enviados do governo brasileiro, o aumento no custo dos produtos nacionais ameaça contratos, margens de lucro e fluxo de caixa das empresas que dependem desse comércio.

Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 40 bilhões para os EUA, seu segundo maior parceiro comercial. Entre os itens mais vendidos estão petróleo, minério de ferro, aço, celulose, carnes e aeronaves. Com a nova tarifa, parte dos compradores americanos deverá buscar fornecedores alternativos, enquanto os exportadores brasileiros podem ser obrigados a reduzir preços para manter clientes, absorvendo parte do impacto.

Segundo José Guilherme Sabino, presidente do Grupo Assertif, as empresas precisam agir rapidamente e focar em soluções que estejam sob seu controle. Uma das estratégias mais eficazes e imediatas é a revisão fiscal para recuperação de créditos tributários. “Identificar e validar créditos acumulados junto ao Fisco permite transformar valores parados em capital de giro, sem depender de empréstimos ou novos aportes”, afirmou.

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Essa análise, que combina técnica e inteligência tributária, identifica valores de impostos pagos a mais ou indevidamente devido a erros de cálculo, interpretações incorretas da legislação ou mudanças nas normas. Os créditos podem ser utilizados para abater tributos correntes ou convertidos em ressarcimento direto.

Entre os exemplos mais comuns estão créditos de ICMS acumulados por exportadores, valores pagos a mais de PIS/Cofins e os gerados pela exclusão do ICMS da base de cálculo dessas contribuições — a chamada “tese do século”, que já garantiu mais de R$ 60 bilhões em créditos tributários reconhecidos.

De acordo com dados da Receita Federal, em 2023 as empresas compensaram R$ 249 bilhões em tributos federais com créditos acumulados, uma marca recorde. Além do reforço imediato ao caixa, a medida oferece previsibilidade financeira, fortalece indicadores de liquidez e preserva a capacidade de investimento mesmo diante de choques externos.

A cessão de créditos — operação regulamentada que antecipa recursos por meio da transferência desses ativos — também se apresenta como alternativa para empresas que precisam de liquidez imediata, desde que cumpram os requisitos técnicos e jurídicos.

Com a tarifa de Trump já afetando setores como siderurgia, papel e celulose, frutas e carnes, agir rápido se tornou primordial. “Nessa realidade de margens comprimidas e instabilidade internacional, transformar os créditos tributários em caixa não será vital para a sobrevivência de muitas empresas”, concluiu Sabino.

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