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Comitiva de senadores: “Houve sinergia entre os empresários do Brasil e EUA”
Publicado 30/07/2025 • 11:38 | Atualizado há 19 horas
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Publicado 30/07/2025 • 11:38 | Atualizado há 19 horas
KEY POINTS
Em entrevista nesta quarta-feira (30), a senadora Tereza Cristina (PP-MS) afirmou que a missão parlamentar dos senadores aos Estados Unidos teve como foco principal a defesa dos interesses comerciais do Brasil diante da ameaça de tarifas sobre produtos brasileiros.
Ela destacou que houve mobilização e interesse tanto de empresários brasileiros quanto norte-americanos. “Fomos procurados lá no Brasil pelos empresários brasileiros e aqui por empresários americanos”, disse. Para a senadora, essa aproximação revelou uma “sinergia entre esses empresários, todos preocupados, tanto aqui quanto lá”.
A senadora também relatou que o grupo parlamentar conversou com representantes de escritórios de lobby e consultorias políticas nos EUA, que ofereceram informações estratégicas sobre o ambiente comercial e institucional norte-americano.
“Nos deram ótimas informações, coisas que talvez a gente não tivesse no nosso radar de negociação”, disse. Um relatório público será produzido com base nessas reuniões, e ela afirmou que o próximo passo será articular internamente no Brasil: “Agora nós vamos voltar e fazer a lição de casa”.
O senador Nelsinho Trad afirmou que as tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não são de competência direta do Senado brasileiro. Segundo ele, tratativas com outros países cabem exclusivamente ao Poder Executivo.
“Como eu já disse, a gente tem aqui um caminho e uma linha que a gente não pode sair dele. Essas questões da negociação em si, que envolvem o Executivo na sua tratativa para com outro país, não nos compete”, disse Trad.
Questionado se o Brasil poderia ser o próximo país afetado por medidas comerciais dos Estados Unidos, o senador respondeu: “Não posso dizer para você isso, porque vai saber o que vem em função de todo esse arranhado que está por aí.”
Ele afirmou ainda que o tema será discutido em reuniões programadas para a próxima semana no Brasil.
“A gente vai, no desdobramento dessa dinâmica, nos reunir no Brasil, nos primeiros dias da semana que vem, para a gente poder fazer as interlocuções necessárias que cada um entender que é prudente”, completou.
O senador Jaques Wagner comentou o impacto de medidas comerciais e a dependência brasileira de insumos como fertilizantes, retomando o tema abordado anteriormente. “Nós temos um agronegócio potentíssimo e nós temos dependência praticamente de 100% de fertilizantes”, afirmou.
“O fertilizante falta no mundo inteiro e, pelo que eu aprendi aqui com a Tereza, 30%. Isso foi dito para eles. Ninguém faz o que quer, faz o que precisa. Não está sobrando por aí.”
Sobre combustíveis, Wagner destacou que a compra não é feita pelo governo federal. “Quem compra não é o governo brasileiro. Quem compra são empresas que importam para reverter o mercado interno.”
Ao ser questionado sobre um possível encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, Wagner declarou que a reunião exige preparação diplomática e não ocorrerá de forma imediata.
“Vários destacaram a necessidade desse encontro pessoal. Eu já falei com o presidente Lula, ele até deu uma entrevista agora no New York Times, dizendo que ‘quero ser respeitado’. E uma coisa dessa tem que ser preparada.”
“Não sou eu que vou preparar. A diplomacia americana, se assim concordar com a diplomacia brasileira, aí monta, porque uma visita presidencial seguramente não acontecerá até 1º de agosto.”
O senador ressaltou que o Brasil está aberto ao diálogo, mas lembrou que o Judiciário é independente e não cabe ao Executivo tratar diretamente dessas pautas em encontros internacionais.
“Essa é uma questão que pode ser debatida no encontro bilateral. Eu só não vou dizer que nós vamos debater a questão do Judiciário, porque no nosso país as coisas são independentes. A gente pode até conversar, mas a gente não manda no Judiciário.”
“Por mim, a possibilidade está aberta. Eu não tenho nenhum problema de dizer isso pelo presidente Lula. É só organizar.”
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A comitiva de senadores brasileiros que esteve em Washington declarou ter conseguido abrir canais de diálogo com parlamentares norte-americanos e empresários para tratar das tarifas que os Estados Unidos pretendem aplicar a produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
O senador Esperidião Amin afirmou que o principal resultado da missão foi “criar a consciência de que isto que pode acontecer é um perde-perde, com nenhuma inteligência, com nenhum proveito”. Segundo ele, tanto democratas quanto republicanos foram alertados de que a medida trará prejuízos econômicos para os dois países.
Amin destacou que, embora a maioria dos encontros tenha sido com democratas, houve interlocução com ao menos um republicano influente. “Quando ele fala, todo mundo para para escutar”, disse o senador, ressaltando que o diálogo institucional deve continuar.
Durante missão parlamentar nos Estados Unidos, o senador Carlos Viana afirmou que o Brasil pode enfrentar uma nova crise nos próximos 90 dias. Segundo ele, congressistas norte-americanos, de ambos os partidos, estão prestes a aprovar uma lei que impõe sanções automáticas a países que mantêm relações comerciais com a Rússia.
“Não será um decreto do presidente. Será uma decisão do Congresso americano, com apoio de republicanos e democratas”, afirmou.
Viana defendeu que o Brasil atue com antecedência para evitar impactos semelhantes aos causados pelas tarifas impostas recentemente pelos EUA a produtos brasileiros. Ele informou que parlamentares americanos demonstraram abertura para negociar exceções, especialmente em setores como o de fertilizantes, dada a dependência brasileira. Segundo o senador, “houve a possibilidade de que o Brasil apresente razões comerciais” para continuar importando da Rússia sem ser afetado pela nova legislação.
O senador também afirmou que a mensagem do Brasil já chegou à Casa Branca e está sendo acompanhada pela embaixada americana. Ele destacou que alguns setores, como o de café e grãos, devem ficar fora das novas tarifas, pois senadores dos EUA avaliaram que taxá-los seria um “gol contra” o próprio país.
Para Viana, o Brasil precisa ir além do pedido por isenções e retomar o diálogo estratégico com os Estados Unidos, suspenso há três anos.
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