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Suíça tenta novo diálogo com EUA após tarifas entrarem em vigor
Publicado 07/08/2025 • 20:34 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 07/08/2025 • 20:34 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Bandeira da Suíça
Pixabay
O governo suíço anunciou, nesta quinta-feira (7), que vai tentar novas negociações com os Estados Unidos, mesmo com uma ida de última hora a Washington, a Suíça não conseguiu evitar o impacto da tarifa imposta de 39% — cenário que empresários descrevem como um “filme de terror”.
O gabinete suíço fez uma reunião de emergência após a presidente Karin Keller-Sutter e o ministro da Economia, Guy Parmelin, voltarem de mãos abanando da viagem, mas afirmou que, por enquanto, não pretende retaliar.
Keller-Sutter explicou, em coletiva de imprensa, que representantes suíços ainda estão nos Estados Unidos para conversas consideradas cruciais para setores como relojoaria, máquinas industriais, queijo e chocolate. “Queremos uma relação baseada em regras com os Estados Unidos… mas não a qualquer custo”, declarou.
Ela disse que é difícil prever quanto tempo essa situação deve durar, já que “a decisão final cabe ao presidente dos EUA”.
Trump pegou a Suíça de surpresa na semana passada ao anunciar que o país seria atingido por uma das tarifas mais altas entre as novas taxas sobre importações de dezenas de economias, medidas que começaram a valer nesta quinta-feira (7). A tarifa imposta à Suíça ficou ainda acima da ameaça anterior de Trump, que era de 31%.
Keller-Sutter correu para a capital estadunidense com uma pequena comitiva no início da semana para tentar negociar uma cobrança mais amena, mas só conseguiu se reunir com o secretário de Estado, Marco Rubio, que não tem poder sobre a política de tarifas.
Após o encontro de quarta-feira (6), Keller-Sutter limitou-se a dizer que houve “uma troca muito cordial e aberta sobre temas em comum”.
Em nota divulgada após a reunião extraordinária desta quinta-feira (7), o governo suíço declarou que “segue totalmente comprometido com as negociações com os EUA para reduzir essas tarifas o mais rápido possível”.
“Neste momento, medidas de retaliação contra o aumento das tarifas americanas não estão sendo consideradas, já que isso traria custos extras para a economia suíça — principalmente por causa do aumento de preços nas importações dos EUA”, acrescentou.
Mais tarde, Parmelin afirmou que qualquer retaliação “também teria impacto financeiro para a economia suíça”, e destacou que aumentar a tensão comercial com os Estados Unidos não interessa à Suíça. “O melhor, na minha opinião, é que os dois lados encontrem uma solução aceitável”, declarou.
A tarifa coloca em risco setores inteiros da economia suíça, que depende fortemente das exportações — especialmente a indústria relojoeira, de máquinas industriais, além do tradicional chocolate e queijo.
Alguns políticos sugeriram que o presidente da FIFA, o suíço Gianni Infantino, que tem uma relação próxima com Trump, deveria ser chamado para ajudar a Suíça nessa situação. Infantino é “o cara certo para o momento”, disse Roland Rino Buechel, deputado do partido de direita SVP, à emissora SRF.
Segundo ele, o presidente da FIFA “é quem, na Suíça, tem o melhor acesso ao presidente dos Estados Unidos”.
Empresários suíços temem que concorrentes de outros países ricos saiam na frente, já que a União Europeia e o Japão negociaram uma tarifa de 15%, enquanto o Reino Unido conseguiu um índice de apenas 10%.
“O pior cenário virou realidade”, declarou a Swissmem, entidade que representa a indústria de máquinas e engenharia elétrica, em comunicado. “Se essa tarifa absurda continuar, será praticamente o fim das exportações do setor de tecnologia suíço para os EUA — ainda mais diante das taxas bem menores para concorrentes da UE e do Japão”, escreveu.
A associação pediu que o governo siga tentando negociar com os Estados Unidos, “mesmo que as chances de sucesso pareçam pequenas neste momento”. A Economiesuisse, federação que reúne cerca de 100 mil empresas suíças, alertou que as tarifas “colocam milhares de empregos em risco sério”.
Segundo a Capital Economics, consultoria de Londres, as tarifas podem reduzir o PIB suíço em 0,6% no médio prazo. Trump justificou as medidas dizendo que a Suíça tem um superávit comercial de dezenas de bilhões de dólares (dezenas de bilhões de reais) em relação aos Estados Unidos.
Quase 19% das exportações suíças no ano passado tiveram como destino os EUA, de acordo com dados da alfândega. A indústria farmacêutica suíça, uma das principais exportadoras, foi poupada até agora, mas Trump já anunciou planos para aplicar tarifas também nesse setor.
A Suíça argumenta que os Estados Unidos têm um superávit considerável nos serviços e que a maioria dos bens industriais americanos entra no país sem cobrança de tarifa.
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