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Tarifa dos EUA ao Brasil é “política” e pode afetar setores estratégicos, analisa pesquisador do FGV Ibre
Publicado 10/07/2025 • 10:03 | Atualizado há 15 horas
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Publicado 10/07/2025 • 10:03 | Atualizado há 15 horas
KEY POINTS
A tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros foi classificada como uma medida política pelo pesquisador da FGV Ibre e sócio da BRCG Consultoria, Livio Ribeiro.
“A taxação é política, ela não é uma taxação econômica”, afirmou o especialista em entrevista ao programa Agora, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC. Ele alertou que a decisão pode afetar exportações de bens manufaturados, especialmente aviões, suco de laranja, carne congelada e produtos da cadeia metalmecânica.
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Para Ribeiro, o Brasil tende a ter dificuldades em redirecionar para outros mercados os produtos atualmente exportados aos EUA. “Eu tenho dificuldade de ver, no curto prazo, uma China, Europa ou Argentina absorvendo diversos dos produtos que são enviados para os Estados Unidos”, disse. Ele também explicou que a pauta de exportações brasileiras aos EUA é distinta da média nacional, com maior presença de bens industrializados, o que agrava os impactos da tarifa.
Apesar de haver margem para eventuais concessões tarifárias, como no caso do etanol, aço e combustíveis, Ribeiro considera limitado o espaço para negociação. “Quando você faz uma discussão centrada em questões comerciais, a gente sabe o princípio, o meio e o fim. Mas, quando mistura outras questões, é difícil ponderar o que vai ser mais importante e o que vai ser moeda de troca”, explicou, lembrando que a carta enviada por Trump cita temas como o ex-presidente Jair Bolsonaro, o STF e liberdade de expressão.
O pesquisador ainda alertou para o risco de escalada nas retaliações, caso o Brasil adote a reciprocidade prometida por Lula. “Isso leva a discussão para um nível muito maior”, disse, mencionando inclusive possíveis impactos sobre royalties e investimentos americanos no Brasil.
Embora os efeitos agregados sobre o PIB sejam limitados, Ribeiro destacou que os danos podem ser expressivos em setores específicos e que o verdadeiro impacto pode vir da deterioração da percepção internacional sobre o país: “Será que o Brasil ganhou um selo de estar na turma contrária aos interesses americanos?”, questionou.
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