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“Tarifa de 50% é só o começo”, alerta Norberto Zaiet sobre relação comercial entre Brasil e EUA
Publicado 28/07/2025 • 21:05 | Atualizado há 3 meses
ALERTA DE MERCADO:
Publicado 28/07/2025 • 21:05 | Atualizado há 3 meses
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Os acordos comerciais firmados pelos Estados Unidos, incluindo o mais recente com a União Europeia, seguem influenciando os mercados globais e evidenciam as dificuldades do governo brasileiro em estabelecer interlocução com a Casa Branca. O tema ganhou relevância com a imposição de uma tarifa de 50% sobre importações brasileiras, cuja negociação segue sem avanços.
“Os 50% já estão dados, e isso pode se transformar em algo pior: 75%, 100%, 120%”, afirmou Norberto Zaiet, colunista do site Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC e managing partner da Picea Value Investors, em entrevista sobre o tema. Segundo ele, o mercado já precificou a sobretaxa como inevitável e teme um agravamento do cenário.
O governo brasileiro tem enfrentado dificuldades para acessar interlocutores de alto nível nos EUA. A tentativa de negociação por senadores em Washington e até mesmo pela atuação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, não tem surtido efeito, de acordo com Zaiet. “Há um silêncio total. A comunicação está centralizada na Casa Branca, e ninguém parece autorizado a falar com o Brasil.”
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Zaiet apontou que a justificativa apresentada por Donald Trump para a imposição da tarifa — a situação judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro — inviabiliza qualquer avanço técnico nas negociações. Segundo ele, como o Judiciário é independente, o governo brasileiro não pode intervir.
“Se essa for a condição colocada por Trump, então não há como negociar”, afirmou. Para o gestor, apenas uma conversa direta entre os presidentes Lula e Trump pode destravar o impasse. “Já se tentou de tudo, inclusive o vice-presidente e a comitiva de senadores. Nada funcionou.”
Do ponto de vista dos investidores, o clima é de cautela. O Brasil, segundo Zaiet, já deixou de ser prioridade para quem investe em mercados emergentes. O cenário fiscal incerto, a inflação fora da meta e os juros altos contribuem para essa postura. “O investidor vê valor, mas prefere esperar. O que está barato pode ficar mais barato ainda.”
A taxa básica de juros a 15% torna a renda fixa brasileira altamente atrativa, o que reduz a disposição de investidores a buscar ativos de risco. “É difícil justificar um investimento em bolsa com essa taxa. O dinheiro vai para financiar o governo, não a economia real”, explicou.
Zaiet acrescentou que, sem mudanças estruturais no cenário fiscal, o Brasil seguirá enfrentando desconfiança do mercado. Ele acredita que até as eleições, eventuais medidas serão apenas paliativas. “É uma bomba-relógio. Sem reformas estruturais, a incerteza continua.”
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