Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Mesmo com exceções, tarifas dos EUA devem tirar R$ 25,8 bilhões do PIB brasileiro, estima Fiemg
Publicado 05/08/2025 • 17:33 | Atualizado há 4 horas
Trump diz que tarifa sobre remédios pode chegar a até 250%
Aramco registra queda na receita no 2º trimestre, mas projeta aumento na demanda de petróleo
Vendas da Tesla no Reino Unido e na Alemanha caem mais de 55%, enquanto a chinesa BYD dispara
Pfizer eleva projeção de lucro para 2025 com cortes de custos e resultados trimestrais fortes
Trump diz que JPMorgan Chase e Bank of America o rejeitaram como cliente
Publicado 05/08/2025 • 17:33 | Atualizado há 4 horas
KEY POINTS
Donald Trump mostra placa com tarifas dos EUA a outros países, inclusive Brasil.
Brendan Smialowski / AFP
Em novo estudo divulgado nesta terça-feira (5), a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) estimou que, mesmo com as exceções, as tarifas adicionais sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos afetam 55% das exportações do Brasil e podem comprometer mais de 147 mil empregos.
“Apesar da isenção concedida a 694 produtos – o que representa cerca de 45% do valor exportado pelo Brasil ao mercado norte-americano – os efeitos sobre a economia nacional ainda serão expressivos”, diz a Fiemg.
A simulação feita pela Fiemg chegou à conclusão de que a imposição da tarifa pode reduzir o PIB brasileiro em R$ 25,8 bilhões no curto prazo e até R$ 110 bilhões no longo prazo. A perda de renda das famílias poderá alcançar R$ 2,74 bilhões em até dois anos, além da redução de 146 mil postos de trabalho formais e informais.
Os setores industriais mais atingidos, segundo o estudo, serão a siderurgia, a fabricação de produtos de madeira, de calçados e de máquinas e equipamentos mecânicos.
Na agropecuária, destaca-se o impacto sobre a pecuária, especialmente a cadeia da carne bovina, que segue fora da lista de isenções tarifárias e representa parcela significativa da pauta exportadora nacional.
No caso específico de Minas Gerais, que é terceiro maior Estado exportador para os EUA, com US$ 4,6 bilhões em exportações em 2024, o Estado terá aproximadamente 37% de suas exportações isentas, com destaque para itens como ferro fundido, ferro-nióbio e aeronaves. Como 63% da pauta mineira permanece sujeita à tarifa, são atingidos produtos como café, carnes bovinas e tubos de aço.
No curto prazo, a economia mineira poderá ter uma perda de R$ 4,7 bilhões no PIB e redução de mais de 30 mil empregos em prazo de até dois anos. Em um horizonte de 5 a 10 anos, os impactos podem ultrapassar R$ 15,8 bilhões no PIB estadual e eliminar mais de 172 mil postos de trabalho. Os efeitos recaem principalmente sobre os setores de siderurgia, pecuária, fabricação de produtos da madeira e calçados.
Leia mais:
Tarifas dos EUA e instabilidade fiscal limitam ação do Banco Central, diz especialista
Itamaraty prepara resposta aos EUA sobre tarifa de 50% e investigação do PIX
O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, defendeu a via diplomática como caminho mais eficaz para mitigar os impactos negativos da medida.
“A imposição dessas tarifas, ainda que parcialmente suavizada pelas isenções, foi unilateral e sem negociação com o governo brasileiro. É fundamental que o Brasil atue diplomaticamente para ampliar o número de produtos isentos, preservar sua competitividade no mercado internacional e proteger empregos e investimentos nacionais”, destacou Roscoe.
—
📌ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings