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Tarifas do Trump

Exportadores de café e carne ficam otimistas após encontro entre Marco Rubio e Mauro Vieira

Publicado 17/10/2025 • 12:36 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Exportadores de carne destacam dependência dos EUA do produto brasileiro e esperam avanço nas próximas semanas.
  • Setor de café alerta para queda nas exportações e risco de mudanças estruturais no mercado americano se tarifas persistirem.
  • Brasil e Estados Unidos reabrem canal direto para discutir revisão das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

Dois dos maiores setores afetados pelo tarifaço ficaram otimistas após a rodada de negociações entre Brasil e Estados Unidos. A reunião, realizada ontem (16) em Washington entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, abriu um canal direto de contato e definiu que uma primeira reunião técnica será realizada nos próximos dias, de forma virtual.

Também ficou no radar um encontro presencial entre Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva “na primeira oportunidade possível”, segundo nota conjunta.

Diplomacia reabre canal e agenda rodada técnica

Vieira e Rubio conversaram por cerca de 20 minutos a sós e depois ampliaram a reunião com assessores. O foco foi comércio bilateral, revisão do tarifaço e sanções a autoridades brasileiras. O Itamaraty classificou o clima como “construtivo” e “auspicioso” para reverter as tarifas.

Uma fonte do setor de carnes, em caráter reservado, afirmou ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC que o humor é positivo. A avaliação é que, com o canal político ativo, as tarifas podem ser revistas até o fim do ano. O Cecafé tem reunião com o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, no dia 22, para tratar do tema e reforçar o pedido de isenção.

Carne bovina: dependência dos EUA e perda de competitividade

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, afirmou estar otimista com os sinais dados pelas conversas diplomáticas. Segundo ele, os Estados Unidos continuam dependentes da carne bovina brasileira e devem retomar o ritmo de importações assim que as tarifas adicionais forem revistas.

“O Brasil exporta cortes específicos. Para os EUA, o recorte do dianteiro usado em hambúrgueres”, disse. Segundo ele, a carne brasileira, mais magra, compõe o blend industrial norte-americano ao lado da carne local, mais gordurosa.

Os EUA atravessam o menor ciclo pecuário em 75 anos, com cerca de 80 milhões de cabeças. Até julho, o Brasil enviou 200 mil toneladas, igualando todo 2024. A tarifa total de 76% travou parte dos embarques. “Ainda assim, mandamos cerca de 10 mil toneladas no último mês”, afirmou Perosa.

A indústria redirecionou volumes para Ásia e Oriente Médio, mas perdeu um mercado mais rentável. “O mesmo corte saiu por US$ 5,7 mil a tonelada para a China e US$ 7,5 mil para os EUA”, comparou. A Abiec mantém diálogo com autoridades e parlamentares americanos e espera avanço nas próximas semanas.

Café: queda nas exportações e risco de mudança de blends

Márcio Ferreira, presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), destacou o impacto direto das tarifas sobre o setor e afirmou estar satisfeito com os avanços diplomáticos. “Nós ficamos otimistas em função da reunião ocorrida entre Marco Rubio e Mauro Vieira. Queremos parabenizar o governo por estar avançando nessas tratativas, reconhecendo a importância do mercado americano para o brasileiro e, ao mesmo tempo, o reconhecimento do próprio governo americano quanto à importância do café do Brasil”, afirmou.

Ele lembrou que os Estados Unidos são o maior importador e consumidor global de café, enquanto o Brasil é o maior produtor e exportador. “Esses dois países não podem caminhar separadamente. O café verde exportado para os Estados Unidos é majoritariamente arábica — cerca de 80% —, com 10% de conilon e 10% de café solúvel, formulado especificamente para a indústria e o consumidor americano”, explicou.

Ferreira alertou para os riscos de perder espaço de forma duradoura se a situação não for revertida em breve. “A ausência desse mercado, ou a redução drástica desse mercado, tem impactado o setor como um todo e aberto espaço para que outros países ocupem esse lugar. Isso é preocupante porque o consumidor pode se habituar a cafés com outras características, tornando o retorno mais difícil”, disse.

O presidente também mencionou a agenda de articulação no Brasil. “Temos reunião programada com o vice-presidente Alckmin para o dia 22 para tratar desse tema. Nossa prioridade absoluta é a isenção das tarifas para recolocar o Brasil em igualdade de condições com nossos competidores”, afirmou.

Próximos passos

A rodada técnica virtual entre negociadores será marcada nos próximos dias. Os dois governos trabalham para viabilizar um encontro entre Trump e Lula. Exportadores de carne e café acompanharão a agenda. O objetivo é restaurar competitividade, recuperar volumes e evitar mudanças permanentes nos fluxos e padrões de consumo nos EUA.

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