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Tarifas do Trump

Isolado, Brasil corre contra o tempo para evitar tarifa de 50% dos EUA

Publicado 28/07/2025 • 12:10 | Atualizado há 4 dias

AFP

KEY POINTS

  • Brasil pode sofrer tarifa de 50% dos EUA a partir de 1º de agosto e ainda não fechou acordo com Washington.
  • Exportações de petróleo, aço, café e aeronaves estão entre as mais ameaçadas, com risco de perdas bilionárias.
  • Enquanto outros países avançam, Brasil enfrenta isolamento diplomático e tensão política com o governo Trump.
Presidentes do Brasil e dos EUA, Lula e Trump respectivamente.

Presidentes do Brasil e dos EUA, Lula e Trump respectivamente.

Agência Brasil/Reuters/Montagem/Cido Coelho/Times Brasil | CNBC

A menos de uma semana do prazo final estabelecido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a aplicação de novas tarifas comerciais, o Brasil segue sem acordo com Washington. A ameaça de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos EUA coloca em risco bilhões em receitas e pressiona setores estratégicos da economia nacional.

Enquanto isso, países como Reino Unido, Japão, Vietnã, Indonésia, Filipinas e União Europeia já fecharam acordos com os EUA. O bloco europeu, por exemplo, conseguiu reduzir a tarifa para 15%, metade da alíquota inicialmente prevista.

Exportações brasileiras na linha de fogo

A medida afeta diretamente as principais exportações brasileiras para os EUA, como petróleo bruto (12% do total vendido ao país), produtos semiacabados de ferro e aço (9,7%), café não torrado (5,8%) e aeronaves e equipamentos (5,2%).

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio brasileiro pode perder até US$ 5,8 bilhões (R$ 32,1 bilhões) caso o tarifaço seja confirmado.

Setores como aeronáutica, pesca e armamentos também estão em alerta, já que destinam mais da metade de suas exportações ao mercado americano. Embora os EUA exportem mais ao Brasil do que importem, o impasse é agravado pela tensão política entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, motivada pelo julgamento de Jair Bolsonaro no STF.

Outros países aceleram negociações

México – Segunda maior economia da América Latina, o México exporta 80% de seus produtos para os EUA. Mesmo sob ameaça de tarifas de 30%, o país negocia ativamente para proteger setores como automóveis, alimentos e eletrônicos.

Canadá – Ameaçado com tarifa de 35%, o país adotou postura firme e tenta diversificar seu comércio, fortalecendo laços com a União Europeia.

Coreia do Sul – Ainda sem acordo, Seul planeja propor um pacote de US$ 100 bilhões em investimentos nos EUA, com foco em baterias, semicondutores e construção naval.

Índia – Pode enfrentar tarifa adicional de 26% e busca um acordo enquanto amplia relações com o Reino Unido.

Taiwan – Sob risco de tarifa de 32%, o governo local negocia em ritmo acelerado. O temor por perda de empregos tem pressionado a classe política na ilha.

Risco comercial e diplomático

O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, afirmou que o país não se sente pressionado a firmar novos acordos, indicando que Trump está confortável com os pactos já firmados. Ao mesmo tempo, há rumores de que novas sanções contra autoridades brasileiras podem ser anunciadas nos próximos dias.

Enquanto isso, o governo Lula corre para finalizar um plano emergencial com medidas de mitigação econômica, incluindo crédito subsidiado para setores exportadores. Mas o tempo está se esgotando.

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