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Taxa de infecção por metapneumovírus no norte da China está caindo, diz governo

Publicado 12/01/2025 • 17:29

Redação Times Brasil com Estadão Conteúdo

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Ilustração do HMPV

Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz)

A taxa de infecção por metapneumovírus humano no norte da China está diminuindo, segundo informações do governo do país. O vírus causa sintomas semelhantes aos de um resfriado ou gripe, incluindo febre, tosse e congestão nasal, mas também pode provocar infecções no trato respiratório de crianças, adultos mais velhos e pessoas com baixa imunidade.

A alta taxa de infecção e filas nos hospitais haviam deixado autoridades e população alertas diante da possibilidade de uma nova epidemia.

“O metapneumovírus humano não é novo, e está entre os humanos há várias décadas”, disse Wang Liping, pesquisadora do Centro para Controle e Prevenção de Doenças da China durante uma entrevista coletiva.

Ela acrescentou que o aumento do número de infecções pelo vírus nos últimos anos resulta de melhores métodos de detecção. “No momento, a taxa de casos de metapneumovírus humano está flutuando, a taxa de casos nas províncias do norte está caindo, e a taxa de casos em pacientes com 14 anos ou menos começou a diminuir”, informou.

A Organização Mundial da Saúde disse que não recebeu relatórios de surtos incomuns da doença na China nem em outros lugares.

Ministério da Saúde monitora

De acordo com nota publicada no site do Ministério da Saúde, a vigilância epidemiológica brasileira está em constante comunicação com autoridades sanitárias da OMS e de vários países, incluindo a China, para monitorar a situação e trocar informações relevantes. 

Segundo Marcelo Gomes, coordenador-geral de Vigilância da Covid-19, Influenza e outros Vírus Respiratórios do Ministério da Saúde até o momento não há alerta internacional emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Apesar de os especialistas considerarem baixo o risco de uma pandemia, o Ministério da Saúde ressalta a importância de reforçar as medidas de prevenção e controle de infecções respiratórias, como a vacinação.

“As vacinas contra covid-19 e influenza continuam sendo eficazes contra formas graves, reduzindo o número de hospitalizações e óbitos pelas variantes em circulação. Além disso, o uso de máscaras por pessoas com sintomas gripais e resfriados ajuda a diminuir a transmissão de todos os vírus respiratórios, inclusive o metapneumovírus”, explica Gomes.

Cenário comum no inverno

“Após a Covid-19, o mundo se vê preocupado com a possibilidade de propagação de novos vírus. No entanto, a situação com o metapneumovírus é completamente diferente. Ele é um velho conhecido dos cientistas. Já o Sars-CoV-2, que causou a pandemia, era uma nova cepa de coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos”, explica a pesquisadora Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

“Seja no Hemisfério Norte ou no Sul, as infecções respiratórias tendem a aumentar durante o inverno. Aqui no Brasil, por exemplo, é sempre assim. Todos estão acostumados com isso. É algo natural”, comenta a virologista.

Especialistas apontam que, diferentemente da covid-19, o metapneumovírus já circula há décadas entre os humanos e que as pessoas têm certa imunidade contra ele.

A maioria das crianças é infectada até completar cinco anos. As informações são da Associated Press.

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