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Troca de farpas: sem citar Trump, Putin e Xi Jiping acusam Ocidente de ‘chantagem’ e ‘comportamento intimidador’
Publicado 01/09/2025 • 16:58 | Atualizado há 47 minutos
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Publicado 01/09/2025 • 16:58 | Atualizado há 47 minutos
KEY POINTS
O presidente da China, Xi Jinping, acusou países do Ocidente de adotarem “comportamento intimidador”, em referência velada aos Estados Unidos e às recentes disputas comerciais após o tarifaço, ao abrir nesta segunda-feira (1º) a cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), em Tianjin. O encontro busca consolidar uma governança global alternativa, com Pequim no centro das articulações regionais.
Endossando o discurso do líder chinês, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, voltou a criticar as sanções ocidentais, que classificou como tentativas de “chantagem e pressão política”. Para ele, a OCX deve fortalecer mecanismos alternativos de cooperação econômica e de segurança, reduzindo a dependência em relação às instituições controladas pelos Estados Unidos e seus aliados.
Xi defendeu oposição à “mentalidade da Guerra Fria” e reforçou apoio ao multilateralismo, destacando o papel central das Nações Unidas e da Organização Mundial do Comércio (OMC) como contraponto à ordem liderada por Washington. “Devemos sustentar um mundo multipolar justo e ordenado, com globalização econômica inclusiva e um sistema de governança mais equilibrado”, declarou Xi, em meio às disputas comerciais com os EUA.
“Devemos sustentar um mundo multipolar justo e ordenado, com globalização econômica inclusiva e um sistema de governança mais equilibrado”, declarou Xi, em meio à guerra comercial com os EUA.
A OCX reúne China, Rússia, Índia, Paquistão, Irã, Belarus, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, além de 16 países observadores. O grupo representa cerca de metade da população mundial e 23,5% do PIB global, sendo visto como contraponto à Otan.
A cúpula, que começou no domingo (30), será seguida na quarta-feira (3) por um grande desfile militar em Pequim, em comemoração aos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial.
Na presença de Xi e de líderes como o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o presidente russo Vladimir Putin voltou a culpar o Ocidente pelo conflito na Ucrânia.
“Esta crise não foi causada pela Rússia, mas por um golpe de Estado em Kiev apoiado pelo Ocidente”, afirmou. Putin também acusou Estados Unidos e aliados de tentarem incorporar a Ucrânia à Otan, o que teria intensificado as tensões.
Durante a cúpula, Putin manteve encontros bilaterais com Modi e com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan. O premiê indiano elogiou a “parceria estratégica especial e privilegiada” com Moscou e pediu esforços para encerrar a guerra “o quanto antes, com paz estável”.
A reunião ocorre dias após os EUA aumentarem tarifas sobre produtos indianos em resposta à compra de petróleo russo por Nova Délhi. Horas antes do encontro de líderes, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desferiu um ataque à Índia em sua rede social, a Truth Social. O republicano escreveu:
“O que poucas pessoas entendem é que fazemos muito pouco negócio com a Índia, mas eles fazem uma quantidade enorme de negócio conosco. […] A razão é que a Índia nos cobrou, até agora, tarifas tão altas, mais do que qualquer outro país, que nossas empresas são incapazes de vender para a Índia. Tem sido um desastre totalmente unilateral! Além disso, a Índia compra a maior parte de seus produtos de petróleo e militares da Rússia, muito pouco dos EUA. Eles agora se ofereceram para cortar suas tarifas para nada, mas está ficando tarde”.
A visita de Putin à China levou Kiev a solicitar que Pequim adote papel mais ativo na busca pela paz. Países ocidentais acusam o governo chinês de apoiar indiretamente a Rússia, enquanto Pequim alega neutralidade e critica o envio de armas ocidentais à Ucrânia por prolongar a guerra.
Outro ponto de destaque é o encontro entre Putin e o presidente iraniano Masoud Pezeshkian, em meio à pressão da Europa para que Teerã cumpra o acordo nuclear de 2015.
Na declaração final, a OCX alertou contra tentativas de “reinterpretar” a resolução da ONU que sustenta o pacto nuclear. A organização também condenou ataques de Israel e dos Estados Unidos contra alvos iranianos em junho.
Os membros do bloco denunciaram ainda as ações militares em Gaza, cobraram cessar-fogo imediato e acesso humanitário irrestrito à população.
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