“Trump exagera dados e cria incertezas”, diz consultora política sobre discurso dos 100 dias
Publicado 29/04/2025 • 22:32 | Atualizado há 4 horas
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KEY POINTS
Em seu discurso inflamado de 100 dias de governo, Donald Trump abordou diversos pontos polêmicos, como a lealdade pessoal exigida de servidores públicos, inflacionando dados econômicos e reafirmando suas tarifas comerciais. Ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, a consultora de risco político, Vera Galante, analisou as implicações desse discurso e o impacto nas perspectivas políticas e econômicas.
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Vera Galante destacou que Trump tem deixado claro que os servidores públicos do governo dos EUA devem lealdade pessoal a ele e não ao estado, um movimento que é visto como uma maneira de consolidar poder e eliminar aqueles que discordam de suas ações, especialmente em relação ao ataque ao Capitólio. “Ele deixa claro que seu gabinete deve ser fiel a ele, não ao estado que os emprega”, afirmou Galante. Além disso, a consultora alertou para o fato de que Trump tem inflacionado dados e números econômicos a seu favor, sem apresentar um plano real para a recuperação da economia e de outras áreas do governo, como a educação.
A fala de Trump, direcionada principalmente à sua base mais fiel, parece não se alinhar com as incertezas internas. Apesar de um discurso enfático, a popularidade de Trump está em queda, com pesquisas indicando 43% de aprovação e 53% de desaprovação. “Ele prega para os convertidos e não tenta expandir sua base de apoio”, comentou Galante, ressaltando que a estratégia de focar na base extrema pode estar afastando eleitores que, embora o aprovem, têm reservas devido à situação econômica, como a inflação e o impacto das tarifas.
Galante também abordou o impacto do discurso de Trump nas relações internacionais. Apesar de insistir nas tarifas, especialmente contra a China, o discurso não trouxe novidades substanciais para o comércio exterior. “Trump continua afirmando que está reduzindo algumas tarifas, mas não há notícias concretas sobre negociações em andamento”, explicou. Segundo ela, as tarifas continuam sendo uma questão central para Trump, mas isso não tem levado a mudanças tangíveis nas políticas comerciais.
Outra contradição mencionada por Galante foi a alegação de Trump de que os preços estão caindo, enquanto a inflação permanece alta. “O consumidor americano não é tolo. Os preços estão subindo, especialmente alimentos básicos como ovos e tomates”, afirmou a consultora. De acordo com Galante, as promessas de Trump sobre redução de preços não se alinham com a realidade enfrentada pelos cidadãos, o que gera desconfiança.
Vera Galante finalizou sua análise destacando as intenções de Trump para 2028. Apesar da queda na popularidade e dos desafios internos, Trump já começou a se posicionar para uma possível candidatura em 2028, com propostas de mudar a Constituição dos EUA. Galante, no entanto, alertou para o crescente cansaço da população, incluindo republicanos que começaram a se distanciar dele. “Se ele continuar nesse caminho, corre o risco de perder apoio até dentro de sua própria base”, concluiu.
O discurso de Trump reflete suas estratégias para se manter no poder e consolidar sua base, mas também expõe as contradições e incertezas que podem afetar sua trajetória política nos próximos anos.
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