O presidente Donald Trump disse que falará com o presidente russo, Vladimir Putin, na quinta-feira, às 10h (horário do leste dos EUA).
O apelo, anunciado por Trump em uma publicação no Truth Social, ocorre dois dias após os EUA terem dito que suspenderiam alguns envios de mísseis e munições para a Ucrânia, que continua a lutar contra as forças russas invasoras.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, ordenou a pausa semanas após ordenar uma revisão do estoque de munições dos EUA, disseram fontes à NBC News.
A porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, disse à NBC que a “decisão foi tomada para colocar os interesses da América em primeiro lugar” após a revisão do Pentágono sobre o apoio militar dos EUA a outros países.
“A força das Forças Armadas dos Estados Unidos permanece inquestionável — basta perguntar ao Irã”, disse Kelly.
A decisão alimentou ainda mais as preocupações daqueles céticos quanto ao comprometimento de Trump em fornecer assistência dos EUA à Ucrânia no quarto ano de guerra com a Rússia.
“A Ucrânia nunca pediu aos Estados Unidos que enviassem a 82ª Divisão Aerotransportada; eles pediram armas para defender sua pátria e seu povo dos ataques russos”, disse Mike Pompeo, que atuou como secretário de Estado durante o primeiro mandato presidencial de Trump, em uma postagem no X na quarta-feira.
“Deixar a Rússia vencer esta guerra seria um desastre absoluto para o povo americano e nossa segurança em todo o mundo”, escreveu Pompeo.
Na quarta-feira, o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, disse que o departamento “continua a fornecer ao presidente opções robustas em relação à ajuda militar à Ucrânia, consistentes com seu objetivo de pôr fim a esta guerra trágica”.
Ao mesmo tempo, ele disse, o Pentágono está “examinando e adaptando rigorosamente sua abordagem para atingir esse objetivo, ao mesmo tempo, em que preserva a prontidão militar dos EUA e as prioridades de defesa que apoiam a agenda da América em primeiro lugar do presidente”, disse Parnell.
“Essa revisão de capacidade, e é exatamente isso que ela é, daqui para frente, vemos como um passo pragmático de senso comum em direção a uma estrutura para avaliar quais munições são enviadas e para onde”, disse ele.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse na quarta-feira que Washington e Kiev estão “esclarecendo todos os detalhes do apoio à defesa, incluindo a defesa aérea”.
“De uma forma ou de outra, devemos garantir a proteção do nosso povo”, disse Zelensky.
A pausa ocorre em um momento em que a Rússia intensifica seus ataques por toda a Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores de Kiev, Andrii Sybiha, afirmou que a Rússia lançou mais de 5.000 drones de combate e centenas de mísseis, incluindo quase 80 mísseis balísticos, somente em junho.
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia disse ter enfatizado a uma autoridade dos EUA na quarta-feira que “qualquer atraso ou desaceleração no apoio às capacidades defensivas da Ucrânia apenas encorajaria o agressor a continuar a guerra e o terror, em vez de buscar a paz”.
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