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Trump foi avisado que seu nome estava em arquivos de Epstein antes que documentos fossem retidos

Publicado 23/07/2025 • 20:08 | Atualizado há 1 dia

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O presidente Donald Trump foi informado em maio pela procuradora-geral Pam Bondi que seu nome aparecia diversas vezes em documentos do Departamento de Justiça sobre o criminoso sexual Jeffrey Epstein, segundo reportagem do The Wall Street Journal.
  • A reunião entre Trump e Bondi na Casa Branca aconteceu algumas semanas antes de o Departamento de Justiça anunciar que não tornaria públicos os arquivos de Epstein, mesmo depois de promessas anteriores da própria procuradora-geral de que isso seria feito.
  • Trump orientou Bondi a buscar a liberação das transcrições do júri federal relacionadas às investigações sobre Epstein e sua cúmplice condenada, Ghislaine Maxwell.
Imagem de arquivo - 10 de janeiro de 2024. O deputado dos Estados Unidos, Jared Moskowitz, democrata da Flórida, segura um painel com uma foto de Jeffrey Epstein e Donald Trump , durante uma reunião do Comitê de Supervisão e Responsabilidade da Câmara.

Imagem de Trump e Epstein é apresentada em julgamento

IMAGO/MediaPunch via Reuters Connect

O The Wall Street Journal informou nesta quarta-feira (23) que Donald Trump foi avisado em maio pela procuradora-geral Pam Bondi de que seu nome surgia diversas vezes nos documentos do Departamento de Justiça sobre Jeffrey Epstein.

A reunião de Trump com Bondi e seu vice, Todd Blanche, na Casa Branca, ocorreu algumas semanas antes de o Departamento de Justiça, chefiado por Bondi, afirmar em 7 de julho que não liberaria os arquivos de Epstein, apesar de promessas anteriores da procuradora e de aliados do presidente de que o material seria divulgado ao público.

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Durante a reunião, o presidente também foi informado de que “muitas outras figuras conhecidas também eram citadas” nos arquivos de Epstein, e que “os documentos continham relatos considerados como boatos não comprovados sobre várias pessoas, inclusive Trump, que já tinham convivido socialmente com Epstein no passado”, relatou o jornal.

O periódico destacou que ter o nome mencionado nos registros de Epstein não indica envolvimento em crimes.

A decisão do Departamento de Justiça de não divulgar os arquivos causou revolta entre apoiadores de Trump no movimento MAGA, que há anos alimentam teorias da conspiração sobre o caso Epstein.

Diante desse descontentamento na própria base aliada, Trump, na semana passada, ordenou que Bondi tentasse a liberação das transcrições das sessões do júri federal relacionadas às investigações sobre Epstein e Ghislaine Maxwell.

Contexto da relação entre Epstein e Trump

Trump foi amigo de Epstein durante anos, mas os dois romperam muito antes de Epstein cometer suicídio na prisão, em agosto de 2019, semanas após ser detido sob acusação federal de tráfico de menores. Epstein também mantinha amizades com outros nomes ricos e famosos, como o príncipe Andrew, do Reino Unido.

Procurado para comentar as novas informações do The Wall Street Journal, o diretor de comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, disse à CNBC: “O fato é que o presidente expulsou [Epstein] do clube [Mar-a-Lago] por comportamento inadequado”.

“Isso não passa de mais uma tentativa da mídia progressista e dos democratas de criar notícias falsas, como foi o escândalo da Russiagate do Obama, sobre o qual o presidente Trump estava certo”, afirmou Cheung.

Notas do Departamento de Justiça e do FBI

Em nota conjunta divulgada nesta quarta-feira (23) sobre a reportagem do Journal, Bondi e Blanche disseram: “O Departamento de Justiça e o FBI analisaram os Arquivos Epstein e chegaram à conclusão expressa no memorando de 6 de julho. Nada nos arquivos justificava uma nova investigação ou denúncia, e já protocolamos um pedido na Justiça para liberar as transcrições do júri.”

“Fazendo parte do nosso informe rotineiro, comunicamos ao presidente os resultados encontrados”, afirmaram Blanche e Bondi.

Na semana passada, um jornalista da ABC News perguntou a Trump se Bondi havia dito que “seu nome apareceu nos arquivos”.

“Não, não”, respondeu Trump. “Ela só nos deu um panorama bem rápido, falando sobre a credibilidade das diferentes informações vistas”.

Trump acrescentou que acreditava que “esses arquivos foram inventados” por James Comey, ex-diretor do FBI, e pelos governos dos ex-presidentes democratas Barack Obama e Joe Biden.

Na semana passada, o Departamento de Justiça demitiu a promotora federal de Manhattan, Maurene Comey, filha de James Comey, que havia atuado nos casos federais contra Epstein e Maxwell.

Carta polêmica e processo judicial

O Journal publicou na semana passada uma reportagem revelando que Trump, em 2003, enviou a Epstein uma carta “picante” para comemorar seus 50 anos, a pedido de Maxwell.

Segundo o jornal, a carta “tem algumas linhas de texto datilografado dentro do contorno de uma mulher nua, aparentemente desenhada à mão com uma caneta grossa”.

“Dois pequenos arcos representam os seios da mulher, e a assinatura do futuro presidente — um ‘Donald’ rabiscado — aparece abaixo da cintura dela, imitando pelos pubianos”, descreveu o jornal.

“A carta termina com: ‘Feliz aniversário — e que cada dia seja mais um segredo maravilhoso'”, escreveu o Journal.

Trump negou, de forma irritada, ter escrito a carta.

“Isso não fui eu. É uma história falsa. É mentira do Wall Street Journal”, disse ele na quinta-feira (17). “Nunca desenhei nada na vida. Não faço desenhos de mulher”, afirmou. “Não é meu jeito de falar. Não são minhas palavras.”

Na sexta-feira (18), o presidente entrou com um processo por difamação contra o magnata da mídia Rupert Murdoch, a empresa controlada por sua família, a News Corp, seu CEO Robert Thomson, a editora do Journal, a Dow Jones & Co., e os dois repórteres que assinaram a reportagem publicada na noite de quinta-feira (17). A News Corp é dona do Journal.

O processo de Trump pede pelo menos US$ 10 bilhões (cerca de R$ 54 bilhões) em indenização.

Um porta-voz da Dow Jones declarou à CNBC: “Confiamos totalmente no rigor e na precisão da nossa apuração e vamos nos defender com unhas e dentes contra qualquer processo”.

Reportagem de Kevin Breuninger, da CNBC.

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