O presidente dos EUA, Donald Trump, está avançando com tarifas de importação há muito ameaçadas sobre produtos do Canadá, México e China.
No sábado, o conselheiro sénior de comércio e produção da administração Trump, Peter Navarro, confirmou que o presidente está a impor tarifas de 25% sobre as importações do México e do Canadá, bem como uma tarifa de 10% sobre a China. Os recursos energéticos do Canadá terão uma tarifa inferior de 10%.
Juntos, os EUA realizam cerca de 1,6 biliões de dólares em negócios anuais com os três países. Trump procura usar as tarifas tanto como moeda de troca como como método para efectuar mudanças na política externa, especificamente nas questões de imigração e comércio de drogas.
Não existe uma métrica oficial sobre quando as tarifas serão suspensas. A ordem inclui uma cláusula de retaliação caso algum país decida retaliar de alguma forma, sendo o sinal para tomar novas medidas, provavelmente aumentando as tarifas.
As tarifas deverão entrar em vigor na terça-feira.
As tarifas são direitos cobrados sobre produtos estrangeiros pagos pelos importadores dos EUA. Os economistas opõem-se amplamente às tarifas, argumentando que resultam em preços mais elevados para os consumidores domésticos.
Mas Trump há muito que promove tarifas como forma de negociar melhores acordos com os parceiros comerciais dos EUA, proteger as indústrias nacionais da concorrência estrangeira e obter receitas.
Na Sexta-feira, no Salão Oval, Trump disse que a sua decisão de impor tarifas sobre produtos provenientes do Canadá, México e China é “puramente económica”.
Ele fez referência aos défices comerciais dos EUA com os três países, mas também apontou para o fentanil, acusando os três de serem cúmplices na propagação do opiáceo mortal nos EUA.
Trump prometeu então impor tarifas novas ou adicionais sobre inúmeras outras categorias de produtos estrangeiros, incluindo microchips, petróleo e gás, aço, alumínio, cobre e produtos farmacêuticos, incluindo “todas as formas de medicamentos”.
Mais tarde, nas suas observações, Trump disse que irá “absolutamente” impor tarifas à União Europeia.
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