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Trump minimiza prazo para tarifas em julho: “Podemos fazer o que quisermos”

Publicado 27/06/2025 • 18:16 | Atualizado há 5 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • A pergunta se referia especificamente ao dia 9 de julho, data limite para que os EUA e a União Europeia firmem um acordo comercial. Caso contrário, entra em vigor uma tarifa de 50% sobre as importações europeias.
  • Mas a resposta do presidente também parecia mencionar o prazo de 8 de julho, quando expira uma pausa de três meses em suas chamadas “tarifas recíprocas”, o que pode fazer com que as alíquotas específicas para cada país voltem aos níveis anteriores, muito mais elevados.
Trump minimiza prazo para tarifas em julho: “Podemos fazer o que quisermos”

Reprodução/YouTube

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (27) que pode não cumprir o prazo estabelecido para o início de novas tarifas comerciais em julho, que devem voltar a vigorar em diversos países.

“Não, podemos fazer o que quisermos”, disse Trump na Casa Branca, ao ser questionado se o prazo era definitivo. “Podemos estender. Podemos encurtar.”

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A pergunta se referia especificamente ao dia 9 de julho, data limite para que os EUA e a União Europeia firmem um acordo comercial. Caso contrário, entra em vigor uma tarifa de 50% sobre as importações europeias.

Mas a resposta do presidente também parecia mencionar o prazo de 8 de julho, quando expira uma pausa de três meses em suas chamadas “tarifas recíprocas”, o que pode fazer com que as alíquotas específicas para cada país voltem aos níveis anteriores, muito mais elevados.

Apesar da flexibilidade demonstrada por Trump quanto às datas, o decreto executivo assinado em 9 de abril não permite alterações a menos que seja formalmente revisto.

O decreto reduziu as tarifas específicas por país para 10% durante 90 dias e estipulou que essa suspensão temporária teria validade de apenas três meses. Caso não haja uma revisão, as tarifas voltarão às alíquotas originais em 12 dias.

Impactos para os parceiros comerciais e temor de nova crise global

A retomada das tarifas pode afetar significativamente vários parceiros comerciais dos EUA e levantar temores de uma nova onda de instabilidade econômica global, como ocorreu após o anúncio inicial das tarifas em 2 de abril.

Diversos países foram surpreendidos pelas tarifas elevadas de importação, que chegaram a quase 50% em alguns casos — medida que Trump chamou de “dia da libertação”.

Nos dias seguintes, houve forte volatilidade nos mercados financeiros e críticas por parte de investidores, líderes mundiais e importadores. Uma semana depois, Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas novas tarifas.

Na época, a Casa Branca sugeriu que firmaria acordos comerciais individuais com diversos países durante o período de suspensão.

Mas com menos de duas semanas para o fim do prazo, o governo só concluiu acordos limitados com China e Reino Unido — descritos mais como estruturas preliminares do que tratados definitivos. Segundo o Ministério do Comércio da China, as duas nações confirmaram os detalhes de uma estrutura de acordo discutida anteriormente.

“Vamos dizer quanto precisam pagar”, diz Trump

“Fechamos acordos com provavelmente quatro ou cinco países diferentes”, disse Trump nesta sexta, mas ressaltou que “temos 200 países, talvez até mais”, referindo-se à lista de alvos tarifários definidos em abril.

“Então, em algum momento nos próximos 10 dias, ou talvez antes, vamos enviar uma carta. Já conversamos com muitos países e simplesmente vamos dizer quanto eles terão que pagar para fazer negócios com os Estados Unidos, e isso será feito muito rapidamente”, completou.

Prazos são flexíveis, dizem assessores; justiça questiona legalidade

As declarações de Trump acompanham sugestões de outros membros do governo de que os prazos podem ser ajustados.

“Talvez possa ser prorrogado, mas essa é uma decisão do presidente”, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, na quinta-feira (20).

No final de maio, um tribunal federal de comércio invalidou as tarifas, argumentando que a legislação utilizada por Trump não lhe concedia a autoridade alegada para impô-las. No entanto, um tribunal de apelações suspendeu temporariamente os efeitos da decisão, permitindo que as tarifas continuem em vigor enquanto o caso não é julgado em definitivo.

Trump anuncia acordo de paz entre Congo e Ruanda após 30 anos de conflito

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (26), na Casa Branca, um acordo de paz histórico entre a República Democrática do Congo e Ruanda, encerrando oficialmente três décadas de conflito que deixaram mais de seis milhões de mortos. Os termos iniciais foram assinados pelos chanceleres dos dois países, com o aval do governo americano, e marcam o início das negociações para os chamados “Washington Accords”.

“Hoje encerramos uma guerra que durava 30 anos, onde morreram seis milhões de pessoas. Nenhum outro presidente conseguiu fazer isso”, afirmou Trump no Salão Oval, durante o encontro com representantes dos dois países africanos.

Acordo mediado pelos EUA mira estabilidade e prosperidade regional

Segundo o presidente, os Estados Unidos atuarão como fiadores de um processo de estabilização que inclui cooperação econômica, acesso a recursos estratégicos — como terras raras — e ampliação da presença americana na região. “Estamos fazendo muitas coisas diferentes que vão unir a todos”, declarou Trump.

O secretário de Estado adjunto para o Comércio, Jameson Greer, e o senador Marco Rubio participaram da mediação das tratativas, que preveem visitas oficiais dos presidentes Paul Kagame (Ruanda) e Félix Tshisekedi (Congo) a Washington nos próximos meses, para consolidar os termos do tratado final.

Presidente reforça conquistas internas e cobra reconhecimento

Ao comentar o papel dos Estados Unidos na mediação do conflito, Trump criticou a imprensa americana por, segundo ele, minimizar realizações de sua gestão. “A mídia nunca vai me dar crédito, mas o povo me dá. É por isso que estamos aqui. Ganhamos todos os sete estados e o voto popular”, disse. Ele também afirmou que seu governo alcançou “zero cruzamentos ilegais de fronteira em maio” e que o país está no caminho para “ter a menor taxa de homicídios da história”.

Infraestrutura e segurança aérea também são temas do discurso

Trump mencionou ainda o projeto de modernização dos sistemas de segurança em aeroportos americanos, com destaque para o financiamento de equipamentos de navegação e controle aéreo. “Estamos consertando o sistema, com equipamentos modernos que vão evitar tragédias como a do helicóptero. O financiamento vem de um projeto de lei que estamos prestes a assinar”, disse, criticando administrações anteriores por negligência no setor.

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