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Trump recebe Netanyahu antes da retomada das negociações sobre Gaza
Publicado 04/02/2025 • 09:38 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 04/02/2025 • 09:38 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em 2020.
ALEX WONG/GETTY IMAGES/NORTH AMERICA/Getty Images via AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebe nesta terça-feira (4) o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, que enviará esta semana uma delegação ao Catar para retomar as negociações sobre o cessar-fogo em Gaza.
Netanyahu é o primeiro governante estrangeiro convidado à Casa Branca desde o retorno de Trump ao poder, em 20 de janeiro — um símbolo da relação estreita entre o líder israelense e o magnata republicano.
Antes da reunião, o gabinete de Netanyahu anunciou que enviará “no final da semana” uma delegação ao Catar para discutir as próximas fases do cessar-fogo em vigor em Gaza desde 19 de janeiro.
Na segunda-feira (3), duas fontes do Hamas afirmaram à AFP que o movimento está “pronto” para reiniciar as conversações e aguarda a convocação dos mediadores (Catar, Egito e Estados Unidos).
O acordo de trégua permitiu a interrupção de mais de 15 meses de uma guerra devastadora entre Israel e o movimento islamista Hamas e a libertação de vários reféns israelenses em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos.
O pacto contempla três fases. A primeira, de seis semanas, também deve servir para negociar os detalhes da segunda, que deve incluir a libertação dos demais reféns ainda vivos e o fim definitivo da guerra.
O conflito começou em 7 de outubro de 2023 com o ataque surpresa do Hamas contra o sul de Israel, que provocou as mortes de 1.210 pessoas, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.
Israel respondeu com uma campanha aérea e terrestre contra Gaza que devastou o território e deixou pelo menos 47.487 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, que a ONU considera confiáveis.
Em seu ataque, os milicianos islamistas também sequestraram 251 pessoas. Destas, 76 permanecem retidas em Gaza, mas o Exército israelense considera que 34 morreram em cativeiro.
Quando a primeira fase da trégua acabar, o Hamas ainda terá quase 50 reféns, entre vivos e mortos.
Antes de viajar, Netanyahu afirmou que “trabalhando de maneira estreita” com Trump seria possível “redesenhar ainda mais” o mapa do Oriente Médio.
O presidente republicano gerou polêmica internacional recentemente ao propor “limpar” Gaza e transferir seus habitantes para locais “mais seguros”, como Egito e Jordânia, que afirmaram que são contrárias à ideia.
Também questionou a continuidade do acordo de trégua em Gaza, apesar de, no momento do anúncio, poucos dias antes de sua posse, ter reivindicado um papel fundamental na concretização do cessar-fogo.
Seu emissário especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, expressou um leve otimismo e disse que acredita em “libertar os reféns, salvar vidas e chegar a uma resolução pacífica de tudo”.
A recusa de Jordânia e Egito a receber os 2,4 milhões de habitantes de Gaza não parece desanimar Trump, que aborda cada desafio diplomático como a negociação de um contrato de negócios.
“Fazemos muito por eles e eles vão fazer”, insistiu na quinta-feira da semana passada.
O presidente republicano receberá em 11 de fevereiro o rei Abdullah II da Jordânia e conversou no sábado (1) com seu homólogo egípcio, Abdel Fatah al Sisi.
A Jordânia já abriga quase 2,3 milhões de refugiados palestinos e o Egito tem uma fronteira com a Faixa de Gaza crucial para a entrada da ajuda humanitária que o território tanto precisa.
Em uma mudança expressiva em relação ao seu antecessor, Joe Biden, Trump desbloqueou a entrega a Israel de bombas de 900 quilos que havia sido suspensa pelo democrata. Também anulou as sanções financeiras que o ex-presidente havia determinado contra colonos israelenses acusados de violência contra palestinos na Cisjordânia.
O novo presidente também pode abordar com o convidado o tema da normalização das relações entre Israel e Arábia Saudita, potência regional no Oriente Médio, pelo qual já trabalhou durante seu primeiro mandato.
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