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UE tenta acordo enquanto EUA mantém prazo para tarifas em 1º de agosto

Publicado 21/07/2025 • 19:37 | Atualizado há 12 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • Os Estados Unidos não parecem dispostos a flexibilizar o prazo de 1º de agosto para impor tarifas mais altas à União Europeia.
  • Enquanto isso, o bloco europeu corre contra o tempo para tentar fechar um acordo com os EUA.
  • A União Europeia também já indicou que está preparando possíveis medidas de retaliação caso não exista um entendimento entre as partes.
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Os Estados Unidos deram sinais claros de que não vão abrir mão do prazo de 1º de agosto para aumentar as tarifas sobre produtos europeus, enquanto a União Europeia luta para fechar um acordo a tempo.

No fim de semana, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou estar confiante na possibilidade de fechar um acordo comercial com a União Europeia, mas alertou que o prazo para a tarifa básica de 30% está mantido.

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“Esse é um prazo definitivo. Então, em 1º de agosto, as novas tarifas vão entrar em vigor”, disse Lutnick no domingo (20) em entrevista à CBS News, ao ser questionado sobre o prazo para as tarifas contra a UE.

No entanto, ele sinalizou que as conversas podem continuar depois dessa data: “Esses são os dois maiores parceiros comerciais do mundo conversando. Vamos chegar a um acordo. Tenho confiança de que isso vai acontecer”.

“Nada impede que os países continuem negociando conosco depois de 1º de agosto, mas, a partir desse dia, vão começar a pagar as tarifas”, completou Lutnick.

Retaliação e dificuldades para um acordo

A União Europeia já deu a entender que está preparando medidas de retaliação caso sejam impostas tarifas punitivas pelos EUA, mas Lutnick minimizou: “Eles não vão fazer isso”.

As últimas tentativas para fechar um acordo comercial ainda estão em andamento, com a UE buscando negociar uma taxa menor. O bloco esperava conquistar um acordo similar ao do Reino Unido, que foi o primeiro a fechar um pacto com os EUA. Esse acordo prevê uma tarifa básica de 10%, com alguns detalhes específicos para importação de carros, aço e produtos aeroespaciais.

No entanto, especialistas e analistas estão cada vez mais céticos sobre a capacidade de Bruxelas chegar a um acordo semelhante.

Um dos motivos é que a relação da UE com o presidente Donald Trump é bem mais complicada do que a do Reino Unido. Trump tem reclamado constantemente do que considera uma relação comercial desequilibrada e práticas desleais por parte da UE, o que é negado pelo bloco.

Impactos econômicos e pressões por tarifas mais altas

Segundo o Conselho Europeu, o comércio total entre UE e EUA somou 1,68 trilhão de euros (R$ 9,95 trilhões) em 2024. Enquanto a UE teve superávit na troca de bens, registrou déficit em serviços. No total, o bloco teve um saldo positivo de cerca de 50 bilhões de euros (R$ 296 bilhões) no ano passado, considerando bens e serviços juntos.

Na última sexta-feira (18), o Financial Times publicou que Trump estava pressionando por uma tarifa mínima de 15% a 20% sobre importações da UE em qualquer acordo. O presidente também estaria disposto a manter a tarifa de 25% para o setor automotivo, o que atingiria duramente os exportadores de carros da Alemanha.

A postura mais dura da Casa Branca em relação a Bruxelas tem levado autoridades europeias a discutir como responder ao possível aumento para 30% nas tarifas – bem acima dos atuais 10%, que entraram em vigor em abril.

Segundo um funcionário da UE ouvido pela CNBC, todos os países do bloco, com exceção da Hungria – cujo líder Viktor Orban é aliado de Trump –, já demonstram mudança de postura e estão prontos para reagir.

Medidas de retaliação em estudo

O bloco está com medidas de retaliação prontas contra os EUA, e líderes europeus vêm repetindo que essas ações podem ser colocadas em prática se não houver acordo.

Taxas sobre importações dos EUA no valor de 21 bilhões de euros (R$ 124 bilhões) estão suspensas até 6 de agosto, e a Comissão Europeia já preparou uma segunda rodada de tarifas, mirando produtos que somam 72 bilhões de euros (R$ 426 bilhões) em comércio.

Produtos que vão de roupas a itens agrícolas, alimentos e bebidas podem ser afetados.

Enquanto isso, o Wall Street Journal e a Bloomberg informaram que um número crescente de países apoia o uso do mecanismo anti-coerção da UE, sua ferramenta comercial mais poderosa, que daria à Comissão Europeia amplos poderes para retaliar os EUA.

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