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Gigantes automotivas da Alemanha disparam após acordo comercial entre EUA e Japão reacender esperanças sobre tarifas
Publicado 23/07/2025 • 07:06 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 23/07/2025 • 07:06 | Atualizado há 2 dias
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As ações das principais montadoras europeias subiram nesta quarta-feira (23), após o novo e impactante acordo comercial entre Estados Unidos e Japão reacender esperanças de avanços semelhantes para outros grandes exportadores.
Em uma publicação na rede social Truth Social, o presidente Donald Trump descreveu o acordo como “massivo” e afirmou que talvez seja “o maior já feito”.
A expectativa é que o pacto reduza de 25% para 15% as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos sobre veículos e autopeças importados do Japão, uma queda significativa frente à alíquota atualmente cobrada de diversos países.
Segundo a Reuters, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, comemorou o acordo e disse que ele representa “a menor tarifa entre os países que mantêm superávit comercial com os EUA”.
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O índice europeu Stoxx Europe Autos subiu 4,2% na manhã desta quarta, a caminho de sua maior alta diária desde meados de fevereiro, segundo dados da LSEG.
As alemãs Volkswagen, BMW e Mercedes-Benz avançaram mais de 5% por volta das 9h51 em Londres (4h51 em Brasília), enquanto a fabricante de luxo Porsche saltou 7,5%. As ações da Stellantis, listadas em Milão, também subiram cerca de 7,1%.
Os ganhos seguem um forte movimento de alta nas ações de montadoras japonesas. A Toyota disparou mais de 14%, enquanto Honda e Nissan avançaram 11% e 8%, respectivamente.
Em um discurso após sua publicação na Truth Social, Trump afirmou que EUA e Japão estão concluindo outro acordo envolvendo gás natural liquefeito. Ele também disse que “a Europa chega amanhã”, sem dar detalhes.
O setor automotivo é amplamente considerado vulnerável às tarifas, especialmente pela forte globalização das cadeias de suprimento e pela dependência de operações industriais em toda a América do Norte.
No Japão, as exportações de veículos aos EUA são cruciais para a saúde da quarta maior economia do mundo, representando 28,3% de todos os embarques em 2024, segundo dados da alfândega japonesa.
Economistas do HSBC classificaram a redução tarifária dos EUA como um “enorme impulso” para o Japão, destacando que o país conseguiu termos mais vantajosos que o restante da Ásia.
O economista do Citi, Katsuhiko Aiba, avaliou que o acordo entre Washington e Tóquio para reduzir tarifas automotivas e recíprocas para 15% pode influenciar as negociações com outros grandes exportadores do setor.
“É significativo que as tarifas sobre automóveis tenham sido reduzidas sem a imposição de limite às exportações — algo que pode ter implicações nas conversas com a União Europeia e a Coreia do Sul”, disse Aiba em relatório.
A União Europeia tenta há anos fechar um acordo com os EUA para reduzir tarifas sobre veículos.
Trump, no entanto, aumentou a pressão sobre o bloco de 27 países ao ameaçar elevar as tarifas sobre importações europeias para 30% a partir de 1º de agosto, caso um acordo não seja firmado até lá.
Para Rella Suskin, analista de ações da Morningstar, ainda é “impossível prever” se a Europa seguirá os passos do Japão em um acordo semelhante com os EUA. “Mas é certamente isso que os mercados estão precificando”, afirmou.
Um ponto crítico, segundo Suskin, é o compromisso do Japão de investir mais de meio trilhão de dólares nos Estados Unidos.
“A Europa fará o mesmo? Embora as montadoras europeias tenham planos significativos de investimento nos EUA, os valores estão longe do compromisso assumido pelo Japão”, disse ela em e-mail à CNBC.
Suskin acrescentou que negociadores da UE propuseram eliminar a tarifa de 10% sobre carros dos EUA, caso Washington reduza sua própria alíquota para menos de 20%. “A tarifa de 15% acordada com o Japão mostra que uma redução para abaixo de 20% é viável”, afirmou.
De acordo com dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), os EUA representaram 22% das exportações da UE em 2024.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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