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Tailândia alerta para guerra com o Camboja enquanto 138 mil pessoas fogem dos combates
Publicado 25/07/2025 • 11:53 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 25/07/2025 • 11:53 | Atualizado há 4 meses
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Tiago Cardoso/ Pexels
Camboja
A tensão entre Tailândia e Camboja voltou a explodir em violência, com o primeiro-ministro interino tailandês, Phumtham Wechayachai, alertando nesta sexta-feira (25) que os confrontos transfronteiriços, que já deslocaram mais de 130 mil pessoas, “podem evoluir para uma guerra”.
Disputas antigas sobre a linha de fronteira culminaram em uma batalha de grande intensidade na quinta-feira (24), envolvendo jatos de combate, tanques, artilharia e tropas terrestres. O Conselho de Segurança da ONU deve realizar uma reunião de emergência ainda nesta sexta-feira para discutir a crise.
No lado cambojano da fronteira, ouvia-se o som constante de explosões de artilharia. A província de Oddar Meanchey relatou a morte de um civil de 70 anos e cinco feridos.
Do lado tailandês, mais de 138 mil pessoas foram evacuadas, informou o Ministério da Saúde. Ao todo, 15 mortes foram confirmadas (14 civis e um soldado), além de 46 feridos, incluindo 15 militares.
Na noite de sexta-feira, um comandante das Forças Armadas tailandesas declarou lei marcial em oito distritos da fronteira com o Camboja, citando o uso de força pelo vizinho para invadir território tailandês.
“Tentamos negociar por sermos vizinhos, mas agora demos ordem ao Exército para agir imediatamente em caso de urgência”, disse Phumtham. “Se a situação piorar, pode evoluir para uma guerra — embora, por enquanto, esteja limitada a confrontos localizados”, completou.
Segundo o Exército da Tailândia, os confrontos recomeçaram por volta das 4h da manhã (21h de quinta-feira no horário de Brasília) em três áreas, com o Camboja utilizando artilharia pesada e lançadores múltiplos BM-21, e as tropas tailandesas respondendo com “fogo proporcional”.
À tarde, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores tailandês, Nikorndej Balankura, afirmou à AFP que havia sinais de desaceleração dos combates e que Bangkok está aberta a negociações — inclusive com mediação da Malásia, atual presidente rotativa da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático).
“Estamos prontos para resolver isso por vias diplomáticas, bilateralmente ou com ajuda da Malásia. Mas ainda não recebemos resposta do Camboja”, disse Nikorndej.
No entanto, o primeiro-ministro cambojano Hun Manet acusou a Tailândia de ter recuado de um cessar-fogo proposto e disse aguardar “sincera disposição” de Bangkok para diminuir as tensões.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, classificou como “profundamente angustiante” o número de vítimas e pediu que a crise seja tratada com calma e responsabilidade.
Enquanto isso, no hospital de Oddar Meanchey, jornalistas da AFP viram soldados e civis cambojanos feridos sendo tratados. Na cidade cambojana de Samraong, a cerca de 20 km da fronteira, famílias fugiam com crianças e pertences em meio ao som de tiros.
“Moro muito perto da fronteira. Estamos com medo”, disse Pro Bak, de 41 anos, à AFP, enquanto levava a família a um templo budista para buscar abrigo.
O conflito atual marca uma escalada grave em uma disputa fronteiriça que já dura décadas entre os dois países, ambos destinos turísticos populares. A fronteira de 800 quilômetros tem vários trechos contestados. Entre 2008 e 2011, confrontos similares deixaram ao menos 28 mortos e milhares de deslocados.
Embora uma decisão judicial da ONU em 2013 tenha amenizado a tensão por mais de uma década, o atual ciclo de violência começou em maio deste ano, quando um soldado cambojano foi morto em novo confronto.
Na quinta-feira (24), os combates se concentraram em seis pontos, inclusive em áreas próximas a templos antigos. Tanques e tropas em solo disputaram território, enquanto mísseis cambojanos atingiram alvos dentro da Tailândia. O país respondeu com ataques aéreos de jatos F-16.
Ambos os lados se acusam de terem iniciado os disparos. A Tailândia afirma que infraestruturas civis foram atacadas, incluindo um hospital atingido por projéteis e um posto de gasolina atingido por foguetes.
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