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CNI diz que manutenção da Selic pressiona indústria e agrava cenário econômico
Publicado 30/07/2025 • 20:12 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 30/07/2025 • 20:12 | Atualizado há 3 meses
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Pixabay.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic em 15% ao ano. Segundo a entidade, a política monetária atual é excessivamente contracionista e impõe custos desnecessários à economia, especialmente à indústria, que já enfrenta um cenário adverso.
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Copom mantém Selic em 15% ao ano diante de cenário externo adverso e inflação acima da meta
“Já tivemos o aumento do IOF sobre crédito e câmbio, além da elevação das tarifas dos EUA sobre nossas exportações. O momento pede uma política mais favorável ao crescimento”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban. De acordo com ele, o impacto da alta do IOF deve elevar em R$ 4,9 bilhões o custo do crédito para as empresas, enquanto as barreiras comerciais americanas podem reduzir a produção industrial e provocar perda de empregos.
Alban defendeu que o Copom deveria ter iniciado o ciclo de cortes de juros nesta reunião e alertou para os riscos de agravamento da desaceleração econômica. “Se isso não acontecer, o quadro tende a piorar”, disse.
A CNI destaca que, com juros reais atualmente em 10,1% ao ano — 5,1 pontos percentuais acima da taxa neutra estimada pelo próprio Banco Central —, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking global de juros reais, atrás apenas da Turquia. Segundo a Regra de Taylor, a Selic de equilíbrio, com base na inflação atual, deveria estar em 10,59% ao ano. Isso indica uma defasagem de 4,41 pontos percentuais em relação ao necessário para conter a inflação sem comprometer o crescimento.
O ambiente de juros elevados tem encarecido o crédito, afetando negativamente o investimento das empresas e o consumo das famílias. Entre setembro de 2024 e junho de 2025, a taxa média para empresas nas concessões com recursos livres passou de 20,6% para 24,3% ao ano. Para os consumidores, a média subiu de 52,3% para 58,3% ao ano.
A consequência, segundo a CNI, é a inviabilização de projetos de modernização da estrutura produtiva e a limitação do capital de giro. No varejo, o custo do crédito tem dificultado especialmente a compra de bens duráveis, dependentes de financiamento.
Indicadores recentes confirmam a perda de ritmo da economia. A produção industrial registrou queda de 1,2% entre abril e maio, frente ao fim do primeiro trimestre, segundo o IBGE. As vendas do varejo caíram 1,6% no mesmo intervalo. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que antecipa o desempenho do PIB, recuou 0,74% em maio.
Apesar do cenário desafiador, os dados do IPCA indicam um movimento contínuo de desaceleração. A inflação mensal caiu de 1,31% em fevereiro para 0,24% em junho. Os preços dos alimentos, por exemplo, recuaram 0,43% em junho, após alta tímida de 0,02% em maio. A valorização do real frente ao dólar — 11,9% no primeiro semestre — também ajudou a conter os preços dos bens industriais, cuja inflação acumulada caiu de 4,09% para 3,72%.
Além disso, as expectativas para a inflação de 2025 estão sendo revistas para baixo há nove semanas consecutivas, chegando a 5,1%, conforme o Relatório Focus.
Para a CNI, os sinais são claros: a inflação está em queda e a atividade econômica, em desaceleração. Por isso, o momento exige mudança na condução da política monetária, com início imediato da redução dos juros.
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