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“É perseverar, mostrar que é um perde-perde”, afirma Alckmin ao defender negociações com EUA

Publicado 07/08/2025 • 19:32 | Atualizado há 6 horas

Da redação

KEY POINTS

  • O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (7) que o plano de contingência para apoiar setores mais afetados pelo aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos deve ser anunciado entre amanhã e o início da próxima semana.
  • A proposta, segundo ele, já foi apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aguarda definição final.

Vice-presidente Geraldo Alckmin

Wilton Junior / Estadão Conteúdo

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (7) que o plano de contingência para apoiar setores mais afetados pelo aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos deve ser anunciado entre amanhã e o início da próxima semana. A proposta, segundo ele, já foi apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aguarda definição final.

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Alckmin explicou que a medida visa atender empresas com maior dependência das exportações para o mercado norte-americano, como as dos setores de couro, calçados e determinados segmentos da pesca, a exemplo do atum. Ele destacou que, em alguns casos, mais de 40% da produção é destinada aos EUA.

De acordo com o ministro, cerca de 45% das exportações brasileiras ficaram de fora da ordem executiva que instituiu o aumento de tarifas. Outros 18% se enquadram na Seção 232, com alíquotas semelhantes às praticadas no Brasil e em outros países, sem perda de competitividade. No entanto, aproximadamente 37% a 38% estão sujeitos a tarifas elevadas, combinando taxas adicionais de 10% e 40%.

‘Perde-perde’ para ambos os lados

O vice-presidente defendeu a continuidade das negociações com Washington, mesmo diante do impasse. “O diálogo não pode parar. É perseverar, resiliência, mostrar que esse é um perde-perde. Também é ruim para os Estados Unidos, porque encarece produtos, rompe cadeias produtivas e cria insegurança jurídica”, afirmou.

Ele citou que tem mantido encontros com governadores, representantes do setor privado e parlamentares brasileiros que estiveram em missão nos EUA. Alckmin reforçou que o envolvimento da iniciativa privada é essencial para ampliar o debate e buscar soluções que reduzam o impacto das medidas.

Além da agenda tarifária, o ministro disse que o Brasil está disposto a discutir questões não tarifárias com os EUA, como data centers, big techs e minerais estratégicos, para avançar em entendimentos que superem o atual impasse comercial.

Alckmin se reúne com representante dos EUA

Alckmin se reuniu nesta quinta-feira (7) com o encarregado de negócios da Embaixada e Consulados dos EUA, Gabriel Escobar, em encontro fora da agenda oficial. A reunião ocorreu na sede do MDIC, em Brasília, um dia após a entrada em vigor da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo norte-americano.

Alckmin disse que o plano de contingência para setores mais afetados, como couro, calçados e pesca, deve ser anunciado até terça-feira (12), após aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo ele, 45% das exportações ficaram fora da medida, mas até 38% enfrentam tarifas adicionais. “O diálogo não pode parar. É perseverar, mostrar que esse é um perde-perde”, afirmou, defendendo negociações e o envolvimento do setor privado.

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