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Fim do prazo: mercado monitora se Trump vai impor sanções a clientes do petróleo da Rússia

Publicado 08/08/2025 • 11:51 | Atualizado há 20 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O prazo dado pela Casa Branca para o Kremlin aceitar um cessar-fogo à invasão à Ucrânia, que já dura mais de três anos, termina nesta sexta-feira (8)
  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou aplicar "tarifas secundárias" aos parceiros comerciais de energia da Rússia caso um acordo de trégua não seja firmado.
  • A economia russa, já bastante afetada por sanções, depende fortemente da venda de petróleo bruto.
Donald Trump e Vladimir Putin.

Donald Trump e Vladimir Putin.

O prazo imposto pelo presidente americano Donald Trump para que a Rússia encerre o conflito territorial na Ucrânia expira nesta sexta-feira (8). O mercado acompanha atento para ver se a Casa Branca vai realmente aplicar sanções pesadas aos clientes do petróleo russo.

Cada vez mais impaciente com o Kremlin, Trump prometeu tarifas secundárias de “cerca de 100%” sobre os parceiros comerciais da Rússia caso Moscou não encerre a invasão. Inicialmente, ele havia estabelecido um prazo de 50 dias, posteriormente reduzido.

Pôr fim à guerra na Ucrânia tornou-se prioridade da política externa de Trump. No começo de seu mandato, ele havia adotado uma postura de reaproximação com Moscou, mas, diante da falta de avanços diplomáticos, passou a aumentar a pressão sobre o Kremlin.

Condições russas para o cessar-fogo e negociações recentes

No centro do impasse entre Rússia e Ucrânia estão as exigências de Putin: o fim do conflito só seria possível se Kiev desistisse de ingressar na Otan e se Moscou mantivesse o controle das quatro regiões ucranianas anexadas durante a guerra. A Rússia também quer um desfecho definitivo para a guerra e, anteriormente, já defendeu a realização de novas eleições na Ucrânia.

No início da semana, o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, esteve em Moscou para uma reunião de última hora com Putin — encontro que Trump classificou como “muito produtivo”. “Todo mundo concorda que essa guerra precisa acabar, e vamos trabalhar para isso nos próximos dias e semanas”, afirmou o presidente americano na quarta-feira (6).

Incertezas sobre a manutenção do prazo

No entanto, o otimismo de Trump parece ter diminuído, apesar das especulações sobre um possível encontro com o presidente russo nos próximos dias.

Questionado na quinta-feira (7) se manteria o prazo até esta sexta-feira (8) para Vladimir Putin, Trump respondeu: “Vamos ver o que ele vai dizer. Agora depende dele. Estou muito decepcionado”.

O que está em risco para a Rússia é perder os poucos clientes que ainda restam para seu petróleo e derivados, já que os países do G7 não podem mais comprar via transporte marítimo. Pelo esquema do G7, países de fora do grupo só mantêm acesso aos sistemas ocidentais de transporte e seguro se comprarem petróleo russo dentro do teto de preço estabelecido.

A economia russa, já bastante impactada pelas sanções, depende fortemente das exportações de petróleo, visto que está cada vez mais isolada no cenário internacional. A projeção de crescimento é de apenas 1,4% este ano, bem menos que os 4,3% registrados em 2024, segundo o Banco Mundial.

Impacto das tarifas secundárias e a pressão sobre parceiros comerciais da Rússia

Se Trump levar adiante a criação dessas tarifas secundárias, sua retórica cada vez mais dura pode deixar os compradores de petróleo russo diante de uma escolha difícil: continuar adquirindo óleo barato ou negociar com os EUA em condições mais vantajosas. O primeiro uso dessas tarifas está previsto para 27 de agosto, quando a Índia, grande consumidora do petróleo russo, deve ser atingida por uma sobretaxa de 25% (totalizando 50%).

“É muito significativo que Trump tenha decidido pressionar seu amigo Narendra Modi, na Índia, e não o próprio Putin”, afirmou Tina Fordham, fundadora da Fordham Global Foresight, ao programa Squawk Box Europe, da CNBC, nesta sexta-feira (8).

“Isso mostra que o presidente Trump, na verdade, está muito relutante em colocar pressão direta sobre Putin. Tanto que está disposto a arriscar a relação com a Índia, um dos aliados mais importantes dos EUA no contexto das relações com a China.”

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