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CNBC Originals: triagem genética de embriões representa avanço ou risco ético?
Publicado 09/08/2025 • 09:01 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 09/08/2025 • 09:01 | Atualizado há 2 dias
KEY POINTS
Foto: Pexels
Com o avanço das técnicas de fertilização in vitro (FIV), a triagem genética de embriões está se tornando uma realidade cada vez mais acessível para famílias que buscam evitar doenças hereditárias antes da gravidez. A empresa de biotecnologia Orchid, fundada por Noor Siddiqui, é pioneira nesse campo, oferecendo testes genéticos em embriões para identificar possíveis doenças antes da implantação no útero. Em uma conversa exclusiva com a CNBC, Siddiqui compartilhou os avanços da tecnologia, os custos envolvidos e as questões éticas que a cercam.
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A proposta da Orchid é detectar doenças monogênicas e poligênicas, que podem ser transmitidas de geração para geração, oferecendo aos pais uma escolha informada sobre a saúde dos futuros filhos. “A ciência e a medicina têm como objetivo reduzir o sofrimento”, afirmou Siddiqui, ressaltando que a missão da empresa é permitir que os pais evitem doenças graves e impactantes. Porém, a tecnologia gera controvérsias. Embora a possibilidade de evitar doenças como o câncer pediátrico, defeitos congênitos e formas genéticas de autismo seja vista com otimismo, o bioeticista Robert Klitzman levanta preocupações sobre a ética dessa prática. Segundo ele, a triagem genética pode acentuar desigualdades sociais, uma vez que o custo dos testes pode torná-los inacessíveis para muitas famílias.
Os testes da Orchid analisam cerca de 1% do DNA do embrião, verificando até 1.200 condições genéticas com 99% de precisão. O custo pode variar de US$ 2.500 a US$ 12.000 por embrião, dependendo do número de embriões analisados. Além disso, a triagem de doenças poligênicas, que leva em conta não só mutações genéticas, mas também fatores ambientais, era considerada impossível até recentemente, mas agora é viável graças à redução do custo de sequenciamento genético.
A tecnologia tem um grande potencial para mudar o campo da medicina reprodutiva, mas especialistas como Klitzman questionam a forma como ela pode ser comercializada e as implicações sociais de sua adoção. Ele alerta sobre o risco de gerar alarmes desnecessários sobre condições genéticas com riscos relativos baixos, como a esquizofrenia, em vez de se concentrar em doenças realmente graves.
Enquanto a Orchid continua a expandir seus testes e a coleta de milhares de amostras semanalmente, a discussão ética sobre a seleção genética de embriões continua a crescer. Será que essa tecnologia vai se tornar uma prática comum, ou será que a sociedade vai precisar enfrentar questões fundamentais sobre a manipulação genética e os valores que definem o que significa ser “normal” ou “perfeito”?
Com avanços significativos já realizados, a triagem genética de embriões promete remodelar a medicina reprodutiva, mas a forma como lidamos com as implicações éticas dessa prática pode definir o futuro das escolhas genéticas na reprodução humana.
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