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Eleições na Bolívia: reservas de lítio e disputa geopolítica devem influenciar cenário pós-votação

Publicado 12/08/2025 • 06:00 | Atualizado há 1 dia

Da Redação

KEY POINTS

  • Independentemente de quem vencer a disputa, o país entrará em um novo ciclo político e econômico, marcado pela importância estratégica de suas reservas de lítio, avalia a professora de Relações Internacionais da Unifesp, Regiane Nietzsche Bressan.
  • O mineral é fundamental para a produção de baterias utilizadas em celulares, equipamentos eletrônicos e, principalmente, em veículos elétricos, tornando-se um insumo central na transição energética do século XXI.
  • China, Japão, Estados Unidos e países europeus estão entre as nações interessadas na exploração e comercialização do recurso.

A professora de Relações Internacionais da Unifesp, Regiane Nietzsche Bressan, concedeu entrevista exclusiva ao programa Conexão, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, para analisar os impactos econômicos e geopolíticos das eleições na Bolívia, marcadas para este domingo (17).

Segundo a especialista, independentemente de quem vencer a disputa presidencial, o país entrará em um novo ciclo político e econômico, marcado pela importância estratégica de suas reservas de lítio — consideradas as maiores do mundo, com 23,7% do total mapeado globalmente. O mineral é fundamental para a produção de baterias utilizadas em celulares, equipamentos eletrônicos e, principalmente, em veículos elétricos, tornando-se um insumo central na transição energética do século XXI.

Estrangeiros de olho na Bolívia

Bressan destacou que a Bolívia não possui tecnologia e infraestrutura suficientes para a extração e o refino do lítio, o que abre espaço para a atuação de empresas estrangeiras. China, Japão, Estados Unidos e países europeus estão entre as nações interessadas na exploração e comercialização do recurso. “A China já vem se fazendo presente nessa região há bastante tempo e, devido ao seu crescimento, necessita muito dos recursos latino-americanos”, afirmou.

Durante a conversa, a professora também ressaltou a relevância geográfica da Bolívia no chamado “Triângulo do Lítio” — formado ainda por Chile e Argentina — e lembrou que o Salar de Uyuni é o maior deserto de sal do mundo, concentrando uma reserva mineral incomparável. Para ela, a presença chinesa na região deve continuar independentemente da orientação ideológica do próximo governo boliviano, já que o país precisa de investimentos externos para manter sua economia em funcionamento.

A especialista avalia que, após a divulgação do resultado eleitoral, será possível traçar um panorama mais claro sobre as políticas de extração e exportação do lítio e seu impacto para a economia boliviana e para a geopolítica regional.

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