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Crescimento do Reino Unido no 2º trimestre anima mercado, mas não afasta riscos de estagnação

Publicado 14/08/2025 • 08:35 | Atualizado há 3 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • A economia do Reino Unido registrou uma expansão de 0,3% no segundo trimestre, acima das previsões, segundo estimativas preliminares divulgadas nesta quinta-feira (14).
  • Economistas consultados pela Reuters esperavam um crescimento modesto de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) no período, após a forte alta de 0,7% no primeiro trimestre.
  • Na comparação mensal, a economia cresceu 0,4% em junho, depois de uma queda de 0,1% em maio, ainda refletindo os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos e da incerteza nos negócios.
Em 15 de abril, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, disse que o Reino Unido tem uma “boa chance” de garantir um acordo comercial com os Estados Unidos.

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A economia do Reino Unido registrou expansão de 0,3% no segundo trimestre de 2025, superando a projeção de alta de 0,1% feita por economistas consultados pela Reuters, segundo estimativa preliminar divulgada nesta quinta-feira (14) pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS). No primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto havia avançado 0,7%.

Na comparação mensal, o PIB cresceu 0,4% em junho, revertendo a queda de 0,1% registrada em maio, ainda sob impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos e de um ambiente de negócios marcado pela incerteza.

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Segundo Liz McKeown, diretora de Estatísticas Econômicas do ONS, parte da fraqueza observada em abril e maio reflete a antecipação de atividades para fevereiro e março, em função de mudanças no imposto de selo — taxa sobre transações imobiliárias — e nas tarifas. “Após essa desaceleração, houve uma recuperação robusta em junho”, afirmou.

O crescimento no trimestre foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços, com destaque para programação de computadores, saúde e leasing de veículos. A construção também avançou, enquanto a produção industrial recuou levemente. A revisão de dados de abril, com queda menor que a estimada inicialmente, contribuiu para elevar o resultado.

Em junho, os serviços continuaram a liderar a expansão, apoiados por P&D científico, engenharia e vendas de automóveis. Na indústria, a fabricação de eletrônicos teve desempenho positivo. Após a divulgação, a libra permaneceu estável, cotada a US$ 1,3577.

Reação e perspectivas

A chanceler do Tesouro, Rachel Reeves, avaliou que os números são encorajadores, mas ressaltou a necessidade de “fazer mais para que a economia funcione para os trabalhadores”. Já Sharon Graham, secretária-geral do sindicato Unite, criticou as regras fiscais que limitam o endividamento do governo, chamando-as de “grilhões para a economia” e defendendo mais investimentos em serviços públicos e na indústria.

Economistas, no entanto, alertam para a fragilidade do cenário. George Brown, da Schroders, destacou que, após um início de ano forte, a economia “tirou o pé do acelerador” no segundo trimestre e que a capacidade limitada pode gerar pressões inflacionárias mesmo com crescimento modesto. A expectativa é de manutenção da taxa de juros até o fim do ano.

Ruth Gregory, vice-chefe de economia do Reino Unido na Capital Economics, disse que a economia global fraca, os efeitos ainda não totalmente sentidos do aumento de impostos de abril e a incerteza sobre novas altas no Orçamento de Outono devem manter consumidores cautelosos. Ainda assim, vê viés positivo para a projeção de alta de 1,2% do PIB em 2025.

Política monetária e juros
Os dados de crescimento chegam poucos dias após o Banco da Inglaterra reduzir a taxa básica de 4,25% para 4%. A decisão considerou a inflação persistente — que subiu para 3,6% em junho, ante 3,4% em maio —, o enfraquecimento do mercado de trabalho e a atividade moderada.

O comitê de política monetária ficou dividido: quatro membros votaram pela manutenção, quatro por corte de 0,25 ponto e um defendeu redução de 0,50 ponto percentual. A decisão final foi pela redução mais branda.

Segundo o governador Andrew Bailey, a votação reflete o equilíbrio delicado entre riscos inflacionários e sinais de enfraquecimento da economia. “Não esperamos que a alta atual da inflação persista, mas não podemos ignorar essa possibilidade”, disse à CNBC.

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