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Tarifa dos EUA sobre café pressiona cadeia brasileira e ameaça exportações, diz diretor do Cecafé
Publicado 15/08/2025 • 07:42 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 15/08/2025 • 07:42 | Atualizado há 4 horas
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As tarifas impostas pelos Estados Unidos afetam diretamente a competitividade do café brasileiro e ameaçam uma relação comercial histórica, disse o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
“O Brasil é insubstituível na produção e os EUA são o maior consumidor mundial. Hoje, 50% de taxação tira nossa competitividade, mas prejudica principalmente o consumidor norte-americano, que não tem onde buscar esse café. Nosso foco principal tem que ser a negociação bilateral e a inclusão na lista de exceção”, afirmou.
Sobre o plano Brasil Soberano, lançado pelo governo federal como forma de mitigar os efeitos das tarifas, ele disse que ainda há falta de clareza. “Avaliamos o que foi publicado no Diário Oficial e o projeto de lei sobre o Reintegra, mas ainda temos mais dúvidas do que respostas. Precisamos entender quais serão os limites de crédito, as taxas de juros e como os recursos serão aplicados”.
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Para o especialista, a ausência do café na lista de isenções tarifárias também gerou frustração. “Tudo indicava que estaríamos na lista pela importância econômica do café e pelo momento crítico dos estoques mundiais. As estatísticas enganam: a produção brasileira caiu, o beneficiamento teve rendimento menor, e o mercado está apertado. Mesmo assim, vemos concorrentes como Vietnã e Indonésia avançando em acordos bilaterais, e o Brasil precisa agir com urgência”.
Apesar da queda no volume exportado, a receita cambial do setor atingiu recordes. “Tivemos embarques 20% menores, mas batemos recorde de receita em julho. Isso é reflexo direto da estrutura de mercado: quando o Brasil produz menos, o preço sobe. Estamos no quarto ano seguido em que o consumo global supera a produção, e as variáveis climáticas tornam o cenário futuro ainda mais incerto, o que pressiona os preços para cima”.
Matos explicou que, por enquanto, os embarques seguem dentro da normalidade, mas o futuro preocupa. “Os contratos de curto prazo começam a ser postergados, o que é ruim porque o mercado está invertido, ou seja, o futuro é mais barato que o presente. Além disso, os juros são altos e, se houver quebra de contrato, vira dívida cara para o exportador”. Precisamos de medidas mais amplas e, acima de tudo, de negociação direta entre os governos para resolver esse impasse”.
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