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Publicado 12/12/2024 • 14:07
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Economia americana pode enfrentar "tempestades potenciais" no horizonte, diz economista-chefe da Moody's.
Foto: Unsplash.
A economia dos Estados Unidos está indo “extremamente bem” no momento em que o presidente eleito Donald Trump se prepara para assumir o cargo, afirmou Mark Zandi, economista-chefe da Moody’s Analytics, durante uma conferência de serviços financeiros promovida pela Federação de Consumidores da América na quarta-feira (11).
No entanto, o economista alertou para possíveis desafios no próximo ano, que podem surgir com as políticas da nova administração. “Acredito que existem algumas tempestades potenciais no horizonte”, disse ele.
Zandi destacou alguns indicadores positivos: o Produto Interno Bruto (PIB) tem crescido em torno de 3%, a produtividade e a formação de novos negócios estão fortes, e o mercado de ações registra altas consideráveis. “A economia é capaz de suportar muitas adversidades”, afirmou.
Zandi prevê que Trump adotará medidas rápidas em relação à deportação de imigrantes e à aplicação de tarifas sobre produtos importados, ações que podem causar impactos significativos na economia norte-americana. “Acredito que o presidente Trump cumprirá o que prometeu durante a campanha”, afirmou o economista. “Ele será bastante agressivo na implementação de suas políticas”.
A imigração desempenhou um papel importante no fortalecimento econômico, segundo Zandi. Uma análise da Goldman Sachs corrobora essa visão, apontando que recentemente, imigrantes preencheram lacunas em setores críticos da força de trabalho em 2022, contribuindo para a oferta de trabalho em áreas de alta demanda.
Por outro lado, as tarifas comerciais criam “enormes incertezas para as empresas”, alertou Zandi, o que pode levar a perdas de empregos e afetar o consumo. “As tarifas significam custos mais altos para os consumidores; é como um aumento de impostos”, explicou.
Propostas tarifárias universais de Trump, com taxas de 10% a 20% sobre todas as importações, podem provocar aumentos expressivos nos preços de roupas, brinquedos, móveis, eletrodomésticos, calçados e artigos de viagem. A Federação Nacional do Varejo dos EUA relatou que o impacto seria “dramático”, com picos de dois dígitos em diversas categorias de produtos.
Por exemplo, o preço de uma calça jeans masculina de US$ 80 (cerca de R$ 484) pode subir para algo entre US$ 90 (cerca de R$ 544,50) e US$ 96 (cerca de R$ 577,72) . Esses reajustes pesariam ainda mais nos orçamentos das famílias de baixa renda, que destinam uma parcela três vezes maior de seus recursos mensais para vestuário, comparadas às famílias de alta renda, segundo o Bureau of Labor Statistics.
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